sábado, 18 de janeiro de 2014

Meu livro de romance: ( COMO MATAR O AMOR ). Parte 2.


 
 
COMO MATAR O AMOR
 
 
 Parte 2; A ponta do pensamento
 
Teodora estava diante de pessoas perversas sem igual, capazes de muitas maldades em todas as noites, em todos os dias, e até mesmo, na noite de natal ...
 
Estar diante de pessoas como dona Gertrudes e  a família, que por sua vez era similar a tal senhora, era no mínimo perturbador. Porém, naquele momento, Estefan não estava contaminado com as perversidades da mãe, muito menos, com o modo de se portar  dos outros familiares. Em seu coração havia a leveza de um pássaro,  mesmo que este houvesse crescido sem asas, longe de Teodora.

Ao olhar nos olhos de Estefan, sentia o coração pulsar mais forte, era homem de brilho, sofrido de morte, por mãe esmagado; humilhado na sorte,  e parte do ventre, que parte, sem que haja o que lhe suporte! Reporte e torce a delicadeza da alma. Mas ali, naquele olhar, estava resguardado o que ao tempo ultrapassa, e pertencia a Teodora.

Embora estivesse a moça no ninho das almas corroídas  pelo fel interior.  Sentia o poder de amar o amor. Jamais, saberia o quão  profundo calor brota do reflexo do amor. Um tanto imundo já o mundo. Sujo de tempo, ao vento no acalento da mãe desalmada. Cavernas de sombras na beira da estrada. Coração de donzela desfalcada. Verdade crua, amor na rua, perde a mulher nua!  A simplicidade de uma mulher, que desejava apenas ver o sorriso no olhar triste e profundo de seu amado, acompanhou-se do destino que lhe deu como sogra dona Gertrudes.

Teodora havia sido criada por um grupo de freiras, pessoas que rezavam antes de ir dormir. Mulheres que oravam clamando por paz e amor entre os homens de boa vontade. Pessoas que ao se levantar; agradecia por mais um dia de vida. Um grupo de senhoras capazes de agradecer o pão que havia na mesa.

Naquela noite depois de passar pelas primeiras olhadas diabólicas de Dona Gertrudes; Teodora caminhou  até a sala de estar, pegou o telefone no intuito de ligar para a irmã Maria da piedade, uma das freiras que haviam criado Teodora. Pensava em desejar a ela  um feliz ano novo. E sabia  que aquela noite de réveillon  seria mais um dia propício para o plano maquiavélico da mãe de Estefan. Matar o amor destruí-lo por dentro. Fazer do rebento o tempo desfalcado em amargura e solidão. Transforma-lo em um homem descontente, doente, que não sente! E morre latente. Aparente na mente. Somente a ilusão da bondade maternal lhe era dormente. Uma mulher sem amor é mortal! Um amor dirigido por um desamor, é infernal.
 
Naquele momento, Teodora e Estefan estavam com pouco tempo de casados. E a pobre moça já conhecia bem os propósitos de dona Gertrudes. Só ainda não imaginava quanta dor veria no futuro! E aquela;  mãe de mazelas na alma, que ao inferno em vida finda, a morte, latente ainda, crava o ódio no filho que cega; e nega a maldade de uma mãe! Mãe que não perde a calma, planeja  lamber o fel da alma do próprio filho; a sangrar-lhe os dias, na falsidade e no martírio a destruir o brilho do matrimonio! O amor liderado em seu antônimo. Mãe que detesta o teu rebento, é,  mulher podre por dentro!

Estefan era puro contentamento por estar ao lado de sua amada, naquele primeiro ano juntos, mas nem tudo são flores na estrada. A longe e descomunal jornada, iria começar disfarçada, elaborada na mente perversa de dona Gertrudes. Uma mulher incapaz de amar. Moldada de maldades, perversidades sem razão nem lamentar. Uma pessoa mesquinha, sem a menor comunhão de um altar. Dentro daquela sala, bem no momento em que Teodora estava com o telefone ao ouvido, esperando completar a ligação, eis que adentra a mãe de Estefan. Ao ver Teodora com o telefone principiando a ligação, ela disse:
 
_ Para quem você vai ligar Teodora? Empregadas não usam telefone. E você ira nos servir até final dessa palhaçada que você chama de amor pelo meu filho, será você a minha empregada; e nunca passara de um resto dentro desta casa. Pois aqui, eu reino.

Teodora abaixou a cabeça e suspirou. Pensou em responder, mas silenciou. Dona Gertrudes continuou:

_Você não amaria um idiota como o meu filho!  E tem mais, você deveria  estar na cozinha arrumando a mesa de réveillon para nos servir! Agora que se casou com o Estefan será para sempre minha empregada, vá fazer seu serviço e largue já esse telefone!  A partir de hoje você ira arrumar calada todas as mesas de natais e réveillon, enquanto você quiser continuar casada com meu filho será assim, você será minha empregada!

Teodora ouvia aquelas palavras e não queria acreditar; pois nunca na vida havia visto uma senhora, uma mãe, tão falsa, tão traiçoeira e calculista com o próprio filho. Uma mulher que em uma hora, abria-lhe o sorriso diante de todos e segundos depois, longe dos olhos das pessoas,  lhe humilhava cruelmente. Dizia-lhe palavras duras, secas, amargas, tentando tirar da bela moça a paz e a fé no amor das pessoas.

Continuou dona Gertrudes:

_Vamos!  Sua pobretona,  coloca a própria a estrutura entre as virilhas a  juros exorbitantes.

Naquele momento, Teodora  pasmou-se; e pouco entendeu das palavras da distinta senhora indiscreta que continuou:

_A sua jogada eu conheço bem, pois eu cobro juros altos do seu sogro há tempos! A minha anatomia canal é valiosa, já recebi, e ainda receberei muito dinheiro pelas boas sensações que posso fazer com ela.

Teodora com um olhar de espanto e inocência, reprimiu em sua cabeça os pensamentos ruins que adentravam ao ouvir as tais palavras. Como poderia a sua própria sogra falar-lhe em termos de verdadeira cortesã. Uma bagaxa embutida naquela mulher;  a mãe de Estefan, uma senhora que lhe parecia desde sempre; tão respeitável!
E a ladainha prosseguia  nos ouvidos de Teodora.

_Coloque já este telefone em cima da  mesinha e vá preparar a  mesa da ceia, pois as  serviçais românticas, que insistem no amor, fazem caladas o que as patroas mandam; e eu, estou  mandando! Vá para o seu lugar, a cozinha!
Naquele instante, o coração de Teodora estava fragilizado, pois desconhecia por completo a perversidade humana. Pensou em chorar, imaginou gritar. Calou-se, e a sogra continuou:

_Ah, antes que eu me esqueça, não vá dizer nada disto que te falei ao Estefan, primeiro porque ele não vai acreditar em você! Meu filho é muito burro. Segundo,  já que ele é o seu amor,  você  não deve quer faze-lo infeliz esta noite, não é mesmo?
 
Naquele momento Teodora ouviu os passos de Estefan que chegava logo atrás dela. Antes que ela abrisse a boca para falar com o marido; dona Gertrudes, tratou de contornar o acontecido a sua maneira singular.
Com um largo sorriso, e uma seriedade de uma mulher seria, mãe amorosa, mulher de família,  foi logo dizendo:

_ Veja só Estefan, como Teodora tem o dom  maravilhoso para  enfeitar as mesas de natal e de réveillon; combinamos hoje que ela enfeitará todas as mesas de natal e réveillon, e ela adorou a ideia.
Estefan sem saber do acontecido, sorriu para a mãe e continuou feliz, abraçou a esposa e lhe beijou. A mãe, continuou a torturar sutilmente a nora lhe dizendo:

_Vai lá Teodora, vá arrumar a mesa, pois agora ela é toda sua. Eu e o Estefan não queremos atrapalhar você. Vamos lá fora filho, o seu pai está lhe chamando! 
 
Assim, ambos deixaram o recinto. Teodora ficou sem entender como a perversidade das pessoas poderiam ir tão longe em segundos apenas. Uma alma que um dia lhe pareceu grande, agora tão pequena; que pena!
Teodora caminhou em direção a cozinha e foi organizar a mesa. Uma mesa de fartura e tanta tristeza, uma mesa. Um detalhe da postura. Nenhuma delicadeza. Os pratos e os homens imundos na mesa. E ceiam a fome e come incertezas. E berra o homem na delicadeza. E sofre o mundo, imundo de avareza.

Muitos pensamentos rondavam a  mente de Teodora após a fala de dona Gertrudes, mas procurou lembrar-se das freiras que tão bem lhe ensinaram, calou-se mais uma vez. E naquele momento prometeu a si mesmo que nunca diria nada capaz de estragar a felicidade de Estefan, antes um filho cego ao olhar a mãe, que um homem amargo por pura maldade materna.

Nos teus braços ele era capaz de sorrir e ser feliz, e em teus olhos ele podia ver o amor!  Fez o voto de silêncio ali naquele instante. Não disse uma só palavra das que ouvira de dona Gertrudes, nem naquela e nem nas outras situações que viveria ao lado daquela família.  Organizou a mesa, tratou de colocar um sorriso no rosto, e disfarçou a tristeza de felicidade. Ficou por ali, próxima das almas sombrias cercada por  pessoas vazias; sentiu saudade das freiras que lhe criou....

Continua no Texto III...
 
Parabéns pela leitura. Agradeço a sua presença por aqui. Você  terminou de ler a segunda parte de uma história, (romance-poético ), seriada. . Até breve nos próximos textos...
Obs:
Este texto, faz parte de uma coletânea de textos ( pequenos ); os quais, contaram uma longa história; vocês os lerá durante o ano de 2014 a 2019.  
Este é o 1 texto da série do romance, disponibilizado na internet. Se trata de um projeto o qual eu executava somente em textos impressos e distribuídos seletivamente.
Para 2014, todos os textos da série, do meu romance: COMO MATAR O AMOR, poderão ser lidos aqui em minha página, ou empressos nos locais autorizados a distribuição!

 
Um grande abraço a todos!
 
 
 
 

14 comentários:

Unknown disse...

Uauuuuuuuu!! Luciene fiquei encantada com tanto poder que tens para escreveres bonitas histórias,acho que devias escrever um livro. Quero desejar-te uma semana maravilhosa,restos de um bom mês de janeiro. Muitos beijinhos,fica com deus e até breve!! http://musiquinhasdajoaninha.blogspot.pt

Fernando Santos (Chana) disse...

Bela parte da historia...Espectacular....
Cumprimentos

Luciene Rroques disse...

Joaninha Musical, agradeço as palavras. Eu já escrevo a algum tempo, estes textos são partes de um de meus livros, tenho alguns trabalhos solo, e outros em coletânea, já há uns bons anos.
Agradeço as tuas gentis palavras.
Um grande abraço!

Luciene Rroques disse...

Fernando;
agradeço as palavras.
Um grande abraço.

Unknown disse...

Luciene; gostei do texto, só não gostei muito do titulo como Matar o Amor, mas é um titulo porque eu não quero matar o meu amor que sinto pela minha amada.
Beijos
Santa Cruz

ALUISIO CAVALCANTE JR disse...

Querida amiga

Um bom texto para mm,
é aquele que nos faz
desejar a sua continuação.
Que venha logo
a próxima parte...

Cada dia, um sonho.
É o que desejo
aos que ocupam o meu coração.

Evanir disse...

Sem duvida
suas postagens são lindas
tive muito gosto de visitar você nessa noite.
Deus abençoe seu final de semana beijos,Evanir.

ALUISIO CAVALCANTE JR disse...

Querida amiga

Passando para reler
o texto,
e buscar a sua
continuação...

Cada dia, um sonho.
É o que desejo
aos que ocupam o meu coração.

Luciene Rroques disse...

Santa Cruz, agradeço as palavras. É bem verdade o tema é proporsital, mas fico feliz em ver seu posicionamento perante ele.
Uma excelente semana.
Um grande abraço!

Luciene Rroques disse...

Aluísio C. Agradeço as palavras, desculpe minha falta de tempo, em breve segue o próximo texto.
Um excelente final de semana.
Um grande abraço!

Luciene Rroques disse...

Evanir agradeço suas generosas palavras, sempre que posso estou lendo as tuas postagens também.
O tempo está curto, mas faz parte!
Uma excelente semana.
Um grande abraço!

Luciene Rroques disse...

Peço desculpa a todos vocês por não visita-los como eu gostaria, estou sem tempo, mas assim que eu tiver um tempinho a mais, visitarei as páginas de vocês.
Um grande abraço a todos!

Anônimo disse...

CONTINUI INCENTIVANDO A LEITURA ASSIM DE BASTANTE OBJETIVA.ESTOU AGUARDANDO PROXIMA PARTE.BJS.ELIANE "BICHO"

Luciene Rroques disse...

Eliane, "bixo" que saudade de vocêeee!
Agradeço as palavras menina!
To te esperando aqui em casa viu, depois vou te ligar pra gente marcar. O Luiz Antônio ( mano Luiz) veio aqui com a esposa dele.
Um excelente final de semana para você.
Um grande abraço!