terça-feira, 27 de novembro de 2012

Folhas Humanas


E como as folhas ensinam quando observadas! Outrora por entre muros, nas ruas, ou em qualquer calçada; deveras ensinam as folhas, se bem notadas.

Há tempos a natureza mostra algo simples de ser entendido, porem tão obvio que passa desapercebido. As folhas ensinam até o mais descabido. Elas mostram o espaço pelo sol que é para todas exigido em igual. No entanto, folhas não se derrubam em um progresso desmedido pessoal.

Ao contrário, folhas novas nascem sempre protegidas pelas mais velhas; estas por sua vez ocupam os lugares de que precisam. E as folhas novas também entendem sua posição, vão crescendo aos poucos e vão se adequando aos seus lugares dentro da vegetação.

Com o passar do tempo a planta cresceu; algumas folhas que já fizeram o seu papel, desprende-se do vegetal, como quem queira lhe dizer, já fiz a minha parte, auxiliei-te em minha vida, sou folha de proveito a existência tua; chega-me a hora da deiscência, és que vou me desgarrar. Folhas ensinam a quem queira observar!

As folhas humanas benditadas, são sempre verdes bonitas, nem "velhas" conseguem ficar. O processo natural de tua queda é tão celebre que: mais bela, cheia de luz, diferenciada, já dourada pelo sol recebido, está pronta para  se desgarrar e assim ter seu propósito atingido.

As folhas mais jovens vão tomando seu posto. Sabendo que a vida é um breve moço! Que todos tem o dever a auxiliar; não importa a posição da folha o sol a de lhe encontrar. Àquele que nasce a esta hora, saiba que o amanhã não será agora; basta as folhas olhar!

Como é admirável ver que até mesmo as folhas conhecem suas horas, e seus lugares. Seus afazeres, seus deveres. Suas contribuições. E sobretudo, o seu espaço ao sol!  Folhas se respeitam; isto não é formidável?

Um grande abraço a todos!

domingo, 25 de novembro de 2012

Recebimento de prêmio



Agradeço ao mestre nas artes literárias Prof. Bento http://bentovsales.blogspot.com.br/    por haver me honrado com a indicação a  premiação (Prêmio Dardos), esta que recebo com muito apreço. Grata prof. Bento. É sem a menor sombra de dúvidas muito bom ver o reconhecimento quando  fazemos  algo sem esperar por ele, pois é sempre um grande encontro do esforço com o prazer. Agradeço mais uma vez o privilegio de agradecer sempre!

Explicando o que é o premio Dardos:
O Prêmio Dardos foi criado pelo escritor espanhol Alberto Zambade que, em 2008, concedeu no seu blog Leyendas de “El Pequeño Dardo”o primeiro Prêmio Dardo a quinze blogs selecionados por ele. Ao divulgar o prêmio, Zambade solicitou aos blogs premiados que também indicassem outros blogs ou sites considerados merecedores do prêmio. Assim a premiação se espalhou pela Internet. ( para não ser injusta, mais uma vez serei injusta; me sinto incapaz de julgar merecedores deste reconhecimento artistico; gente eu tenho um problema sério em escolher seres humanos, pois não concordo em excluir, logo torna-se um calvario para mim as tais indicações, me desculpem por não faze-las.)


Segundo o seu criador, o Prêmio Dardo destina-se a “reconhecer os valores demonstrados por cada blogueiro diariamente durante seu empenho na transmissão de valores culturais, éticos, literários, pessoais etc., demonstrando, em suma, a sua criatividade por meio do seu pensamento vivo que permanece inato entre as suas palavras”.

Grata a todos!
Um grande abraço!

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

O diagnóstico de Olavo.



O diagnóstico de Olavo.

_Recebeu todos os exames dona Célia?

Assim Márcia iniciava a conversa com a amiga que acabara de chegar do hospital.

_Sim Márcia recebi todos os exames, até mesmo aquele mais complicado, o laudo esta aqui em minha mão, mas lógico que não vou abrir.

Ouvindo a amiga, Márcia rodopéia no dedo indicador a chave da porta; grita com o vendedor picolé que vai passando:

_Ei, moço; ei moço, um picolé por favor! 

O homem que já ia embora com puro 20 reais da venda do dia inteiro, volta-se para Márcia e diz:

_Diga patroa, do que é que a senhora vai querer? Tem de uva, amendoim, limão e tamarino. Qual é o de sua preferência?

Márcia injuriada com os sabores retruca:

_ Mas senhor o senhor não tem ai um picolé mais doce, de sabores mais agradáveis?

Enquanto isso, Célia com os exames seguros pelas duas mãos os balança no ar. De forma indiferente nem se atem ao esforço de Márcia em busca de um picolé mais doce. O vendedor de picolé por sua vez, tenta encontrar dentro do carrinho de sorvetes algo que agrade ao paladar de Márcia. 

_Patroa tem um aqui de pequi, o que a senhora acha?

A mulher já sem paciência, retruca:

_O senhor me vem com picolé de pequi? Minha nossa, o mundo ta perdido, Célia você quer um picolé de pequi?

Célia olha para a amiga e aceita a iguaria. Afinal depois do diagnóstico, tanto fazia o sabor de qualquer paladar, pois o tempo se tornava estreito para se ater a sabores, o melhor era conhecer os sabores antes que o picolé derretesse e o calor do corpo se apagasse.

Márcia decidiu finalmente e escolheu o picolé de uva. Abriu o portão e chamou a amiga para entrar, ela por sua vez aceitou o convite e sentaram-se logo ali adiante no alpendre antigo da velha mansão. A conversa estava boa, entre uma mordiscada e outra no picolé. Quando notaram já haviam passado das sete horas da noite. Era hora de dona de casa ir pra casa esperar marido, afinal a janta tinha que estar pronta quando Olavo chegasse.

_Fique um pouco mais Célia! está cedo, Justos ainda não apareceu, estou certa que Olavo também ainda não há de ter chegado, fique um pouco mais!

Célia apanhou a bolsa e os exames que estavam em cima da mureta do alpendre e se justificou.

_Tenho que dar o Diagnóstico a Olavo; não posso ficar mais Márcia, ele já está para chegar é hora de janta, quem tem marido sabe, você sabe; se o Justos chega e a janta não ta pronta é um Deus nós acuda.
Ambas sorriram, e se despendido Márcia perguntou mais uma vez:

_E os exames, num vai me falar o que deu?

_Falo sim Márcia, mas quando eu for fazer o tratamento, por enquanto e segredo médico!

Assim Célia desceu a rua. Uma ladeira acentuada, com buracos de chuva no asfalto, um lugar desleixado para o porte que tinha na boca do povo. Tratava-se da Rua do Cristo, merecia melhor respeito e manutenção; a tão esburacada rua que ninguém fazia questão de manter viva desde a inauguração.

Ao chegar em casa Célia percebeu que Olavo ainda não havia chegado. Se dirigiu ao quarto e em momento solene de profunda solidão, desabafou; escorreu lágrimas nós olhos e fez planos para ontem. Era tudo tão rápido e tão pequeno que até mesmo a penteadeira já não importava mais, ela, ficaria ali, sempre imóvel até o dia em que alguém lhe movesse. Era doloroso pensar naqueles papeis horríveis que guardou na gaveta de sua penteadeira.

Enquanto sofria o silêncio dos papeis de sua vida, mergulhou em pensamento nós braços de Olavo! Iria abraça-lo com toda força deste mundo quando ele adentra-se aquela porta. E por ele esperou.
Foi quando a porta de súbito se abre e entra Olavo com um jogo de colheres na mão, as atira sobre a cama e diz:

_Vê se num some mais com estas colheres, pois a gente vai comer e não acha uma colher nessa casa!

Ao ouvir as palavras de Olavo que espera atencioso pelo diagnóstico, pois sabia da consulta de Célia; Ela simplesmente enxugou as lágrimas, olhou-o nós olhos e disse:

_Um estúpido, um mal educado, um homem do tipo que merece ter sempre inúmeras mulheres, pois és tu incapaz de dar felicidade a uma única que seja, pois é teu  o diagnóstico; de homem para não se partilhar uma vida. Ainda bem que, pra sempre sempre acaba!

Naquela noite não houve jantar. 
E pela manhã, o doutor Marcus já estava com o melhor dos remédios:
 _ Te amo!

OS CONTOS SECRETOS) O diagnóstico de Olavo . Ano de 2001.

Parabéns, você descobriu este conto!

OBS: Este trabalho faz parte da série de contos que escrevo. Descrevendo conclusões e comportamentos sociais. Sei que algumas pessoas já conhecesse o meu trabalho (e até mesmo este conto). Mas hoje, quero compartilhar com todos vocês que visitam minha página, e pouco conhecem de minha escrita comportamental, posto que aqui, publico mais meus artigos, ensaios.

Um grande abraço a todos!

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Agradecer é um privilégio, nunca obrigação.


Tenho recebido muitos emails e comentários sobre minhas escritas em geral, e resolvi postar alguns referentes ao conto O HOMEM IDEAL pois achei estes muito interessantes quanto aos elaborados pontos de vista; de certa forma eles traduzem o que se pode ver em meus escritos alem das palavras contidas.  Agradeço a todos  vocês!

Analises do conto O HOMEM IDEAL

AMBIENTALISTA, GESTOR AMBIENTAL
Francísio Nobre de Jesus disse...


Luciene, essa é mais uma amostra da capacidade em visualizar e penetrar os minúsculos detalhes escondidos nos escombros da mente humana. Como você mesma disse, a sua obra é para quem consegue ler com a alma e não com os olhos. Uma vez lhe disse que, a sua obra literária ultrapassaria os limites do nosso Estado. Isso já é passado, você voa muito mais longe. Que a luz do bem sempre te ilumine e te proteja. Um grande abraço. ( um excelente projetista ambiental, meu ex aluno)

 PROF: LIVIA B.

"Minha querida amiga intelectual, uma verdadeira preciosidade para a cultura brasileira contemporânea. Te envio esse humilde relato sobre como vejo a tua escrita, algo culto, mágico e sobretudo simples, advindo de uma mente genial no que faz. O conto : O homem ideal recem postado por você, é um primor literário fantástico, ao começar pelo titulo, percebe-se que este ser o homem trata-se de todos os sexos, qualquer um, uma vez que você o denomina com o nome mistico de uma ilha lendária: Avalon. Anastasia é a ressureição em qualquer tempo; é magnífico as formas pelas quais você diz os sentimentos humanos. Na verdade a qualquer professor de literatura, daria a razão no que eu te digo agora minha querida amiga: Uma ilha é o sentimento humano e sua ressurreição sempre, ou seja pra amar se deve acreditar nisto todos os dias. To errada? To certa que não, conhecendo bem a autora, mesmo antes de tantas publicações você me presenteava com seus textos e eu sem saber quem escrevia, lembra?. Lu que Deus continue te abençoando na sua jornada, pois você é um presente pra muita gente nesta terra, assim como é para mim. Mil beijocas." ( professora de portugues ex colega de trabalho minha, uma mestra em educação)

PROF. BENTO S.
Olá, sábia amiga Luciene!
Que conto magnífico!
Anastácia (ressurreição) e Avalon (doce como uma maçã)protagonizam o par perfeito no conto.
O amor surge até onde o homem faz a guerra; aparentemente um paradoxo, mas o homem é contraditório.
Já a mulher torna o homem mais terno, mais humano, o que proporciona à fábula o epílogo em "Happy end", esperado pelo leitor.
A narrativa é sóbria e culta.
Amiga, é admirável como escreve conto, romance, ensaio e poesia com tanta sageza e beleza.
Abraços fraternos. (Um colega, grande professor de literatura )

ADM. VIVIANE S.
Luciene o homem ideal é ideal mesmo poxa ele e os dois sexos a nem, homens tinham que ser ideais, vou chorar rsrs. Esse tal só tem no pensamentos não e mesmo? Como você eswcreve em mitos e sempre estar atento ao que escreve pois nem sempre quer dizer o que diz, tudo tem um porque rsrs te conheço danadinha. O homem ideal não existe profe kkkkkk, a nem to chocada! Adoro os seus contos, tragicamente realistas. Saudades de suas aulas minha eterna professora. Viviane Souza ( Minha ex aluna, hoje uma administradora de empresas.)

PROF: GEAN M.

"Luciene gostei do conto, bom demais; O homem ideal, eu como homem acho que o amor é possivel, mas como já acompanho o que voce escreve a 8 anos, sei que o homem ideal se chama ideal no conto porque não existe a não ser na propria mente da mulher, mesmo assim ainda acredito no amor amiga e eu sou o homem ideal kkk. Um beijo enorme. Prof. Gean." (Um ex colega de trabalho prof. de Física )

Agradeço a todos vocês.
Um grande abraço!