Poesias

ESTRELAS CADENTES 
LUCIENE RROQUES
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Quem ama não precisa amar

 


O sentimento mais próximo que o homem pode ter do verdadeiro amor é a própria morte!

É imprudente achar que amor seja algo teorizado e explicável; disponível como o simples viver dos dias em confusões abstratas. O amor está além de um Ser.

O amor configura-se na palavra que mais tem sentido quando passa a ter significado àquele que busque entende-lo em tua profundidade existencial! É possível não precisar amar.

O amor está além de tudo que dizem. É específico, central e único. O amor está em um ponto delimitado do universo da sabedoria interior. O amor rompe o tempo, o espaço e a velocidade.



O amor não é como pregam aqueles que dizem amar! O verdadeiro amor equivale a morrer. Ele é o máximo sentir, ultimo pensamento abstrato da morte em um ser humano. 
O que prove da morte pode entende-lo; apenas este!
E com os dias se percebe o quanto imenso é Amar. Apenas na morte se pode entender a exatidão da palavra amar.Amar abstrai-se por cinco vezes em significado; isto justifica a tamanha confusão daqueles que precisam tanto amar!
Amor é a morte, não há morte que o mate! Ele transcorre o universo em teorias da Ciência Física. O amor é profundo, seleto, e não Pertence a nenhum lugar!
Humanos não nascem para amar, mas podem aprender o verdadeiro significado da existência em amar. Quem ama não precisa amar!
Chegam as folhas de outubro, eu as vejo bem próximas, em dezessete outubros infindáveis aos vinte e um longos anos do último  verdadeiro sentimento. Estou aqui! 
Mover  novamente para ir até você; Continuarei na Divina imensidão de meus dias lentos; profundos e únicos. Dias presenteados com o sentimento inabalável da existência humana; em frase que a ti deixo :
 
Minha eternidade em teus olhos
 
Luciene Rroques 17-08-2013.

 
 
 Nos teus olhos


E nos teus olhos brilham a vontade de viver!
Em sorrisos de um eterno sofrer.
Prouras o amor que em mim pode ver.
E assim, o vento beija a tua face.
Meus pensamento te abraçam enquanto sonhas com meus lábios!
Em instantes a minha imagem lhe invade.
Aos poucos lhe esqueço;
E somos um só!





Em dias como hoje

Adormeço nos teus sonhos e me sobram alegrias.
Descubro quanto é bom estar dentro de mim.
Adormeço para a vida e deito-me com a morte.
Despi-me de qualquer medo quando descobri a sorte.

Revesti dias sóbrios com neblinas de solução.
Descortinei a desgraça pela razão, mergulho sem volta na imaginação.
Em dias como hoje, sinto o quanto sou forte.
Em dias como hoje vou além de tua sorte!

Adormeço para as mentiras e acordo para verdades em minha soberba vaidade.
Adormeço para a calmaria e ensino a beleza do vendaval.
É em dias como hoje, que sei  o quanto ao mal faço mal.
Ter dias como hoje, para mim é fundamental!


Purpurinas de Natal

Foram dias de tuas lagrimas que ninguém viu.
Foram anos de tua diferença que muitos assistiu.
Em profunda condolência o mundo evoluiu.
Teu sexo assumiu.

Você tão diferente, purpurinas em tua mente.
Uma malicia de menino que não fora inocente.
Você cresceu, diferente entre os teus;
 mas sempre contente até no adeus.

Falavas de sonhos que não viveu.
Sonhavas com um mundo que foi tão teu.
Na escuridão dos outros você se acendeu!
Virou purpurina como o que disse;
no teu último adeus.

Partiu faíscas, auto intitulava-te com alegria;
Falava de qualquer sexo a revelia;
Amava sem dote; sem corte;
chamava-os  bofes.
Sim assim era a sua alegria que desvairava em contradição.

Foi menino, foi moça, foi moleque; foi gente que sofreu e sobreviveu.
Alcançou a imensidão,no dia em que não ouvir-te-ão  mais;
chamar as pombas, os bofes,  falar dos decotes.
Fazer fricote da vida enredeira.

Achava-se moça faceira. Sofreu tuas agruras, morreu na brincadeira;
Partiu só teu corpo, pois tua alegria em eterno
Permanece naqueles que de ti jamais se esquecem.




Primavera de lágrimas

Quanto mais me ligo aos pontos do infinito;
mais pontos aparem ligados a mim.

Quanto menos me importo com a vida alheia;
mais vivo eu mesma intensamente, em cada segundo.

Quanto mais importante são todos para mim;
Mais ainda comigo todos eles se importam.
quanto mais vivo; mais certezas e incertezas eu  tenho.

Vale a pena seguir meu caminho;
A solidão de minhas palavras não são minhas.
As dores que cato catalogam a alma de qualquer pessoa.

E floresce mais uma primavera, onde morra todas as minhas lágrimas;
e são estas, as maiores gotas de felicidade que já tive!

Pois sem infelicidades para as felicidades o homem não existe.
Quanto mais o tempo passa; menos tenho a reclamar!
Primavera doce de lágrimas traz sutileza em qualquer lugar.




De Part Et D'autre
Nada existe para deixar triste.
Sorrir quando apenas existe!
Seja, reveja, não se limite.
Sinta, esteja na parte da parte;
Ouvir-me é tua doce arte!
 
 
Esfera
 
E fora dos teus olhos que surgiu a vida.
E dentro de um mar revolto mergulhastes.
Buscava respirar o que não calou.
Era o sonho que ficou.
Consagrou-se ao impossível.
Emoldurou o amor invisível.
No infinito eterno possível.


O MEU FRANCÊS
 
 
Se cala ao tom de minha voz,
entende que dois; somos nós!
Em um eterno bailar compreende;
Je ne sais pas l'amour!
 
Ouve o silêncio que ensina.
Agradece a todas as belas rimas.
Es matéria, de matéria prima.
Et l'estime d'amour.
 
E cala-se no som de minha voz,
O francês que exala o perfume de um só.
a vida é vivida sem nó.
Je ne sais pas l'amour!
Je veux être seul!
 
 

 AMORES LINGUÍSTICOS


Nas confusões de tua língua,

Enrosca tua língua na minha.

O amor por gramática estagnado.

Quando não morres sozinha,

Seja o que não pode entender.

As silabas vão de vagarinho,

A mente a lhe compreender.

Não queiras estar sozinho,

Enrosca tua língua na minha,

E vejas no que vai dar!

Não fique assim tão triste,

A vida precisa sonhar.

Os vocábulos desta escrita,

Em ti hão de penetrar.

Escuta a voz do vento,

E se põe a sonhar.

Na confissão tão malvada…

Só resta na beira da estrada,

Fazer-lhe entender.

Enrola minha língua na tua

Para não padecer.

Na gramática já toda nua!

Não há o que compreender.

Juntando pequenas palavras,

Estão o eu e o você.

As frases no mundo são tantas,

Apenas nos resta dizer,

A quem se ocupa da língua;

Ama-lhe por merecer.















VOLTAS POÉTICAS


Quem passa na casa de Ana,

Poesia carrega nas veias.

A alma sensível lhe chama,

Com os olhos ali presenteia.

A casa singela da ponte,

Lembranças que sempre se traz.

Poetas no mundo são tantos,

Saudosos seus corpos jaz.

Poesias escritas na pedra,

Ninguém esquece jamais.

No coração do poeta,

Doçuras de tempos atrás.

Saudades da menina de trança,

Hoje não se vê mais.

Mascates a beira da porta,

A história deixou para traz.

O grande vilão desse mundo,

Hoje é presente demais.

O tempo engole os segundos,

A saudade no peito se faz.

Na terra que tinha palmeiras,

Sabias nelas hoje não mais.

O namorar de uma janela,

Ninguém conhece outros iguais.

Saudade eterna poesia,

Do tempo que não volta mais.





















MINHA TERRA



Minha terra teve Goiana

Só goiano aqui não há

Meu país é multicores

Tem pássaros em todo lugar

A cidade de goianos

Um lugar pra se viver

Lindos bosques, belas praças

Flores que não vão morrer

Nossa terra tem goiano,

Que vem de qualquer lugar

Tem pequi tem guariroba

Tem o que se precisar

A terra é goiana

Simplicidade a concreta

Muitas ruas, muito asfalto;

Mas não falta o pomar

O verde aqui das matas

Na cidade sempre está

Tem espaço para tudo;

Por isso, é Goiânia.

































PARA NÃO MORRER



Morro em minha ignorância para não morrer.

É assim que eu vivo!

Há muitos anos descobri o que é não viver.

É assim que eu vivo!

Não se esquecendo de mim, esqueci de me esquecer.

É assim que eu vivo!

Sofrendo por dentro sem querer.

O meu padecer paraíso.

É assim que eu vivo!

Morrendo a cada segundo o meu ter.

Eu já não preciso!

Querer novamente querer.

Eu já não consigo!

Sofrendo sem nada saber.

Eu já não vivo!

A vida  parou de doer.

Não escrevo para não morrer…

O mundo precisa do ser,

É assim que eu vivo!



































PRESENTE FUGAZ



Há anos deixei de sonhar,

Não consigo mais sonhar.

Meus passos se perderam quando tudo se foi.

Ninguém precisa voar.

Não sei dizer quando; mas algo se foi.

Restou-me o nada de tudo que tenho!

Uma ausência brilhante. Talvez diamantes!

Sobraram-me as rosas de antes.

Diamantes, murmurantes, ofegantes, instantes.

Sobraram-me as rosas rasantes.

Rosas murchas por falta d’água,

Que jorram dos olhos de quem não mais eu ei de vê,

Sobraram-me as rosas.

Ninguém entende!

Enquanto apenas eu, tu ou nós procuremos entender.

Ninguém sabe o que é doer.

A dor se confunde com tudo que não se pode explicar.

Por isso não sinta. Explique!

Sobraram-me as rosas.

Um sonho que transformou os meus dias em tristonhos.

Só sonho. Não sonho; deixei de sonhar.

Os anos vindouros de minha existência.

Sonhos condicionados. Apenas passado.

Sobraram-me as rosas.

Futuro jamais!

Presente fugaz.





















QUANDO ESQUECER



Triste dor vazia,

Fizestes em ti por todos os dias

Amar sem amor, não vale à pena

Se a alma por ti,  jaz tão pequena.

O choro cravado no peito.

Sem jeito.

Sem leito.

Não almeje o que não quero ter.

Cansei, das angustias não posso só ver,

Não espero, não espere,

Os teus sonhos estão a morrer.

Querer, pra que? Só ser.

Inundada a alma na solidão.

Vazio, ilusão. Reflexão.

Os sonhos não morrem em vão,

Tiveram um fim!

Esquecendo de esquecer,

Não aceite para ti, o que não é você!





































SOBRAS



Das sobras de uma existência

Sobra

O que o artista não usa na obra

Sobra

Das correntes de várias amaras

Manobras.

Tu sobras!

Nas dores profundas

Na alma sóbria.

A noite tão fria

Sobra!

O que da vida todos se cobra

Sobra!

Tudo que detesto na vida:

As mentes vazias banidas.

De nada contentes,

Vividas! Mal entendidas;

Vazias de si nesta lida.

Sobras queridas!



































MENTE DOENTE



A delícia do beijo quente

Que em tua boca encontrei.

A delicadeza  insistente de um saliente,

Que o corpo já desejei.

O amor sem remetente

Que a ti eu indiquei.

A juventude insistente, desistente,

Que de ti eu guardei.

Sou lua, sou nova, sou vento

Em ti me entreguei.

O jeito meio tenente; frio, sombrio, já nem sei!

Talvez já fosses assim! E eu não o notei.

Uma mente doente!

Que em ti eu encontrei.

Uma vida amargurada, pés a beira da estrada.

E em ti, me calei, calei!

Um choro na madrugada.

A  vida já atordoada,

Mudanças porque nem sei.

Saudade, liberdade tanta, que eu não procurei!

Um desespero tardio. Por esse amor doentio; que um dia eu matei.































O BRILHO DA COR



Olhos radiantes no escuro,

Meu seio a ti se compraz.

O mastro da vela, já duro,

No navio, já não cabe mais.

Zarpando oceano adentro,

Contento se sentiu por demais.

O mar em absoluto,

A vida que nele jaz.

Sorriso inocente enxuto,

Nos olhos a vida se faz.

Caminhos em busca do vento,

Teus olhos que aqui me traz.

Doces lembranças de outrora,

Você,  não esqueço jamais.







PISTOLEIRA VORAZ



Na boca o vermelho do sangue.

Nos olhos o amor fugaz.

Na vida enorme tormento

Dos beijos que não corre atrás.

Delírios na madrugada

Nos braços que ele jaz.

Rotina amargurada

Família assim não mais.

A genitora desalmada,

Mancebo já não tem paz.

Amor sepultado à sorte

Nos braços do satanás.

Uma cama caliente

Da pistoleira voraz.

Na mira da bala fria.

Teu corpo agora jaz!

Na noite sombria, o  iludia,

A pistoleira voraz.





































O PREÇO DA TUA VONTADE



O caminho solitário do mundo

Vagamundo no mundo a olhar.

Moças imperfeitas de tranças

Belas já não podem rezar.

Os quatro elementos do mundo

Um sonho ei de alcançar.

O pássaro todo tristonho

Preso já pode voar.

A cor dos cabelos castanhos

A tinta se pós a mudar.

Beleza nos olhos tristonhos

Sua alma a denunciar.

Ausência de tal liberdade

Nas páginas ei de buscar.

A vida vivida em folhas

Na seca, não podem murchar;

O preço da tua vontade,

Meu amor já não pode pagar!





































TRISTEZA DE TRISTE MARIA



Solitária pela vida.

Sem sono ela vivia.

Mentes finas, mentes caras.

Sofrer já não queria.

Dolorosas incertezas.

No querer da melodia.

Pobre alma desalmada!

Na estrada se sentia.

Triste sina, triste fado.

Competir já não queria.

Doces ventos,

Tristes magoas…

Dessa vida não valia.

Doce vento na madrugada.

Para ela já não servia.

Um belo sonho; conto de fadas.

Morreu triste Maria.











O GUARDA



Guardar!

Para ti o que negas informar.

Tecendo seus comentários no mundo,

Resguarda-lhe a solidão.

Há guardados, que guardados;

Mais guardados os serão.

Noites em imensidão!

Chorar na bruma de águas…

Rasas, raras e inexatas

Águas simples. Águas  pacatas.

O mundo não lhe veste bem.

Apertado o sente. Vira refém.

Quando o mundo tenta-lhe vestir.

Necessita de um mundo maior que tem,

Um mundo guardado em si.

Agora se nega a partir

O guarda para si!

Mas o mundo; pode lhe ouvi.





































DEFINHAS DE FATO



O mundo se encolhe aos olhos,

Antes tão grande o é.

Pequeno agora se faz,

Muitos já nem têm fé.

Deixando de sentir o tempo,

Já nem  pode acreditar,

É fato consumado!

A vida não pode parar.

Sentir de fato se sente.

O homem está a definhar.

Tantas as mentes doentes!

Quem as pode contar.

Enquanto outros desistem.

Alguns poucos se põe a lutar…

Desistindo de desistir.

Muitos já nem sabem rezar.

O mundo doce e amargo

Sempre pode surgir.

O homem fragilizado,

Procura onde fugir.

Pequenos de tal pequenez,

Muitos preferem partir.

Todos se tornam menores,

Quando já não correm atrás.

Tumores da vida moderna

Amor esqueceu por demais.

De quem há muito deu valor,

É fato que a vida se encera.

Para quem não ensaiou,

O mundo é feito uma guerra.













SÚPLICAS



A solidão dos dias

É regada ao desgosto da alma.

Adornadas por lágrimas  frias,

Compactadas ao peito na calma.

A busca infinita de tudo que nunca vem.

Os olhos vazios se fazem  refém.

Infeliz da tristeza, pois quão triste é alguém;

Vive em companhia da solidão,

A tristeza perdeu a razão.

Em vidas profundas,  vazias,

O almejo da imaginação.

Calamidades, sombrias,

Eterna é a ilusão.

Guarda no peito somente as magoas

Faz súplicas ao coração.







FLORES



Amar a doce manhã

Amar a ti tão pequena

Amar os olhos que voam

Na alma a flor de açucena

Tão bela e simples

Singela

Amar vale a pena.

O mundo sem rumo

Imundo

A alma que não é serena

Amar jamais é pecado

A quem o amor não encena

Amar as manhãs que são breves

Amar é flor de açucena.







ÚLTIMA HORA



Há palavras que nunca são ditas

Há dias em que todos choram

Palavras para sempre esquecidas

As magoas que batem imploram

Há palavras que nunca são ditas

No entanto, não há de importar

Se a caso não houve mais tempo

Combinado agora já está.

Há palavras que nunca são ditas

Quando não puder mais escutar

Repita as palavras não ditas

Antes de a hora chegar.

Descendo se sobe a alma

Enquanto vai observar

Pois tudo que está nesta vida

Um dia é certo que se vá!







OLHOS MULTICORES



Saudades dos teus olhos verdes;

Outro já não vejo igual.

Saudades que não me dá paz.

Em tempos lhe tive tão perto,

Agora já não tenho mais.

Saudades dos teus olhos verdes,

Doçuras eles sempre me traz.

Saudade da tua pele,

Seu cheiro eu não lembro mais,

Mas de ver os teus olhos!

Eu não me esqueço jamais.

Saudades de tanta inocência,

Que agora em meu peito jaz.

Querer bem até a má querência,

Agora, já ficou pra traz.

Saudade de teus olhos verdes,

Em meu problema fugaz.

Um louco a mais no mundo...

Tu, levou minha paz!

Saudade de tuas palavras,

Que não ouço jamais.

Os teus belos olhos verdes,

Não me verão nunca mais!

Peço a Deus neste instante,

Que tu descanses em paz!























AUSÊNCIA



Quando a vida se faz dor,

Na alma o silêncio é profundo.

O corpo está por estar,

Presente ausente do mundo.

Quando a vida já é,

Silêncio se cala ao vê.

O grito não ouve a razão,

De quem não almeja ser.

Quando a vida é em vão,

Silencio na alma é profundo.

Muda-se para ilusão,

Criando o seu próprio mundo.











VAZIO DE SI



Agradecer é preciso!

É necessário dizer.

Mostrou-me o paraíso!

Nele entrei com você.

Aceitar-lhe foi preciso!

O amor precisa viver.

O eterno durou para sempre.

A vida vai entender.

O tempo um bom cobrador,

Um dia veio receber.

Pagamos o preço justo!

Por um dia nos querer.

O amor nos abandonou,

Agora sabemos por quê.

Tudo dura para sempre!

Eu me amo!

Tu amas você!






SEM ALMA



O tempo inimigo dos dias,

Na vida se põe a correr.

A amargura de meus tristes dias,

Vivem a padecer.

A tristeza não compreendia,

Daquilo que não pode ver.

A angustia na beira da lida,

Daquele que espera morrer.

A morte já não é quase nada,

Para quem busca o ser.

A vida tão amaldiçoada,

No peito está a tremer.

Uma dor sem precedentes, que já não pode saber!

Sem alma se vive contente,

Para quem não quer viver!







APAGAR

A estrela que brilha tão alto

No mundo não pode tocar

O salto de tantas donzelas

Jamais vão lhe acompanhar

Estrelas brilhantes são tantas

E teu brilho querem apagar

Ligando todas luzes

As mentes vão iluminar

Enquanto apagam estrelas

Elas voltam a acender

Enquanto apagam seu brilho

Outras ao de nascer

Para aquele que nunca foi filho!

Pai, não há de ser.

Toda estrela tem o seu brilho,

Não adianta querer.

Tente apagar uma estrela

Ela vai te surpreender












SE PUDER



Se puder querer o bem.

Não importa se queira a quem!

O mal sempre a fazer.

Um homem ensinou um dia,

A face lhe de a bater.

A vida tornou-se vazia,

Para quem dinheiro só vê.

Detestando se detesta o dia,

Que ninguém pode entender.

A natureza sombria,

Daquele que tudo quer ter.

Difícil é amar no mundo,

Quem nele está sem merecer.

Atormentada é a alma,

De quem tudo quer ter.

Pobre se torna aquele,

Que sempre deixa de ser!














GUARDAR



Guarde para si!

Apenas as palavras.

Apenas os sóbrios,

Amores que não viveu.

Guarde para si!

Todas as coisas pequenas,

Que a vida lhe concedeu!

Guarde o menor valor,

Que um dia recebeu!

Guarde todas as palavras,

Que de presente se deu.

Guarde apenas em ti!

Tudo que nunca foi teu,

As grandes conquistas da vida,

Para muitos tem o seu valor.

As pequenas coisas na vida,

Guarde com muito amor!














DESISTIR



Se desistirdes de sonhar

Acorde!

Se acordado estiverdes,

Sonhe!

Se desamparado se veja,

Acalme!

Se nada almeja,

Deseje!

Se a morte assim lhe sorrir,

Festeje!

E se o mundo lhe ferir,

Esteja!

E quando abrires os teus olhos

Se veja!

E quando tudo valer simples nada,

Desista de desistir!

Estrelas cadentes, não podem cair!





































UM BREVE CALAR



Há momentos breves

Dos quais se tem que estar

Na vida momentos são tantos

Na lida a se angustiar

A dor no silêncio, no pranto

A boca almeja um calar

Nos olhos a cor desbota

O  tudo não pode alcançar

A vida sem sono sofrida

Nos murmúrios se deixa ruir.

O peito já petrificado

Daquele que está a partir

Os sonhos nunca alcançados

Verdades a se esculpir

Troféus no mundo são tantos

Apenas pra quem competir.

Vencendo no jogo da vida; assim, se pode seguir!












PALAVRAS MUDAS



As estrelas! No céu fez seu mundo.

Diferenças em seu brilho sempre há.

A dureza das palavras mudas,

Os teus olhos já queiram calar.

Vale-se no mundo a lei capital.

Estrelas do bem, são estrelas do mal.

No céu não parecem igual.

A estrela se fez imortal.

Em algum momento banal,

Encontra-te  perdido em mim mesmo.

Triste dor de final!

Buscar suas certezas em palavras mudas,

Não queiram viver o igual.

Em lagos de profunda imensidão.

Viver a vida grunhida de um pobre animal em ação.

Encontrar-se em si mesmo o gemido…

Na tristeza real, seja destemido.












CAVALO DE TROIA



Ganhando o presente

Sente-se feliz por demais.

A vida é bela

Quando não é mais.

Deixar de entender

A muitos compraz.

A dor do saber,

Dói por demais.

Ouvir a verdade,

Calar nunca mais.

Se fala é maldade,

Pode acreditar,

O mundo é justo,

A quem pode pagar!

Um presente de grego,

Alguém a lhe dar,

Não abras a caixa, ou vai cavalgar.



SAUDOSISMO DE LAMPIÃO



Sempre era doce o vestido de chita

Talvez era prendada

Maria bonita!

A seca castiga,

Mas há quem resista.

Há muitos, na lida, enquanto outros,

Esperam na pista.

Alguns já nem ligam,

Verdadeiros artistas!

Consomem calados, alguns tribalístas…

Os nomes na lista.

Já não faz diferença,

Aqui nesse instante,

Anda-se no mundo,

Vive-se errante.

Acenda tua luz,

Para não sofrer,

No mundo há humanos,

A padecer!

Se importas de fato?

Queira já ver!

A morte na esquina,

Está a suceder!

























ESTRELANDO

Quando em teus infinitos sonhos,

Em mim te encontrares.

Descanse tuas angústias,

Nas águas que te afogarem.

Dos sonhos nunca almejados,

Sempre neles estas.

O ouro nunca é procurado,

Por  um coração voraz.

Quando em pensamentos sombrios,

Buscares a perfeição,

Morre-se…

De dores, de frio;

Sem causa, e sem compaixão!

Quando no céu procurardes

A busca será em vão.

Estrelas não brilham tão alto,

Só brilham;  as que se afundam ao chão.

Doentes de solidão!

Procure de forma insistente.

Busque no inconsciente

Que paira dentro de ti,

Olhe bem lá no alto,

E a veja surgir;

Veras a estrela cadente,

Que jamais irá cair!

























ONDE SE ENCONTRA



E se me vejo, em tudo que há em mim,

Procuro  querer.

Naquilo que sinto apenas por ser.

E aos olhos, uma dor; apenas podem ver.

E nos olhos que talvez chorem.

Jamais entenda o porquê.

Esconda-se em mil palavras.

De muito há nada a saber.

Enquanto solta-se os versos,

A tantos que iram me ler.

Floreio-me de rosas

Na  busca eterna do ser.

Escondo-me em tantos eus

Mas nunca deixo ser.

Naquilo que em mim escrevo

O acaso não tem por que.

Escolho os meus muitos nomes

Ninguém precisa entender.

Presos em qualquer estante,

Meu verdadeiro ser.

Naquilo que o coração olha,

Na mente que pode ler.

Se vejas  em mim o estante

A quem precisa entender?

Escrevo-me em mil palavras,

Daquilo que detesto ver.

No mundo que abracei. Aonde me visto rainha!

Posso apenas ser rei. Na mente de quem já nem sei.

Ao homem não cabe tal lei.

Contemplo a muitos as minhas palavras,

Nas folhas tantas que já guardei.

Infelizes de meus sentimentos

Por aquilo que não busquei.

Num estrondo silencioso

Rosas eternas  guardei.

Em palavras assim modeladas

Um dia, eu me encontrei!

Em palavras nunca editadas,

Para sempre me guardarei.

































A DESCIDA



E se na busca da alma

O corpo tem vida.

Que chora lá fora

Depois da descida.

Angustias do medo

De eterna subida.

Nas horas já mortas

De toda uma vida.

O tempo que voa

Em eterna descida.

Nos vãos sentimentos

Que gritam na ida.

Lamurias do vento

Já lamento a saída.

Daquilo que sinto

Que vejo na vida



FARTO DE TEMPO



Farta-se do tempo que já pouco se foi

Perdido no lamento daquilo que sou

Em doces amargos que eternos no ter

A brisa do vento que veja crescer

A eterna tormenta

A mente do ser.

Em gritos fecundos de puro silêncio

Encontra-se a paz de toda tormenta

Na nuvem que passa

Eterna, atenta, lamenta.

Os negros vultos tão negros que já não agüenta.

Procura no peito o que nele esquenta

No sangue das veias

Que breve se inventa.

Toda  lua é cheia, eterna e cinzenta

Vazia de nada, a lua arrebenta.



REFLETIR

E dos olhos que ferem a flor

Perdida na escuridão do amor

A busca na eterna dor.

Em vidas vazias

Repletas de si

Eternas mazelas

Que buscam pra ti.

No doce de um beijo

Amargo de si.

Ao amor apedrejo

A fim de partir.

Na triste lembrança

Reflete em si.

No triste findar

De quem não quer ir

Lamente as horas

Se fica aqui.

Lamenta o tempo

Que sobra em si.





































INCERTEZAS



O eterno pela incerteza

Do certo que nada pode ser

Em finitas, eternas esperanças

Que nunca poderá ter.

Dos loucos insanos mortais

Na vida em que todos jaz.

Ser louco a quem se compraz

No jogo que já não faz

Na luta que não tem paz

Do medo que assim o traz

Na vida, tem sim; mas

Tem mas…











NO SILÊNCIO





E se ouve, em doces e leves ventos.

As marcas profundas em sacramento.

Que guardas em ti, os teus pensamentos.

E naquilo que choras, corrói-se  por dentro.

Te escores na mão do velho tempo!

Em espelhos de espelhos,

Eternos os teus lamentos.

Conjugue os teus olhos

Cobra-se o tempo.

Caleja teus segundos

Em meros lamentos.

Naquilo que ouve o tempo correr

Esqueceu da vida,

Deixou de viver.





TEMPO EM MIM



Buscar a incerteza de todas as minhas certezas

Me pese no tempo!

Amarguras falidas, nostálgicas doloridas

Me perco, me encontro em mim.

Destroços garbosos do resto de mim,

Perdi-me nas horas em que me encontro

Perdido em mim.

Sentir o aroma no amargo de minhas palavras

Nas estrelas que caem do meu céu.

Tão leve; o amor é cruel.

Estrelas cadentes

Não buscam o céu.

Estrelas cadentes,

Se tornam troféu,

O mundo é o réu!





ESTAR EM NÓS



Estarei a beira de mim, enquanto procuro-me no tempo.

Buscando a imagem profunda dos vãos pensamentos.

Daquilo que chora através do vento.

A beleza do agora, o futuro  lamento,

Na morte que implora o teu sofrimento.

Estar em lamento!

Nos punhos tão fortes de minhas palavras,

Busca não é sorte, por aqui estar.

Deixando os caminhos que não foram teus.

Caminha no vento da vida a passar.

Vivendo sozinho para quem não viveu!

Estar em lamento,

No eterno eu.

Na luta da alma só resta o sofrer.

Caminhos banidos ao envelhecer.

Interam seus restos assim no querer.

Ama a criança dentro de você.

E com esperança busque;

O Ser!



































EMBALAR



Antigamente perdia-me nas horas em busca de tu pensamento,

Calou-me aos poucos o amargo do tempo.

E em tudo que passa já não posso ver,

Com os olhos de águias que tenha você.

Clamou-me tua paz em silêncios profundos,

Perdeu-me em teus templos

Rezou em teu mundo.

A ti as promessas que eu jamais fiz,

Amar o amar, em quem já não diz.

Desfaça a tua boca da busca eterna,

Nos sonhos de quem já lhe espera.

Minhas sombras morreram quando o sol partiu,

Sobrou-me certezas, no corpo arrepio.

Não embale as promessas do teu coração

Meus dias estão mortos.

A luta e em vão!



EIS QUE!



E eis que tive em mim o amor singelo,

Do corpo ali mais belo.

Morrer pra não sentir dor.

Capina-me oh vida malvada! Na relva não disse nada.

Não queiras morrer de amor.

E passes da porta pra fora,

Em tudo que em si implora.

Mulher perfume de flor!

Sentindo a vida desgarrada, na alma toda amassada

Viver pra morrer de amor.

De que ainda a luta, se veja tormenta astuta,

Quebra-me em prantos de dor.

Sacode-me o breve instante quere-te não mais que antes,

Pra que se vai morrer de amor.

Futuro na vida errante, mulher que cheira a brilhante

Só tem o veneno da dor.

Amarga é a flor!

UM  DEUS



Em meio à imensidão deserta de meus pensamentos

A miragem de um Deus a surgir.

Sobro em mim, em minha alma.

Em cantos nostálgicos de meus lamentos;

O amor a persistir!

Vejo em ti a minha calma; vista em mim a tua alma.

Em vagos e imensos castelos de sonhos eternos, momentos,

Que não sejam apenas simples sentimentos!

Nas nuvens tão serenas; um eterno doce lar,

Em miragens tão distantes, o meu choro a te encontrar.

Que lamente mais que antes

Alma doce a entregar!

Uma vida adormecida; há quem desista de amar,

O lamento de um sopro, no encontro vai buscar.

No chamado há um Deus?

Uma estrela a lhe amar.

O amor é precioso

E há quem possa lhe encontrar!































ETERNAS ESTRELAS



Na noite solitária em que as estrelas dançam lá no céu

Amargo eterno o doce no fel

A boca repleta de mel.

Em nuvens perenes estrelas brincam de ninar

Confusas já temem cair, machucar.

Nas mãos já desfalecidas, vazios eternos na alma ferida

Estrelas perdidas no mundo a brilhar.

A vida se viu passar em segundos

Perdidos humanos no mundo.

Há quem vá se consolar!

Eternas estrelas queridas,

Onde há de estar.

A vida por poucos vivida

Eterna jamais será.

Naquele que busca o ter,

Ser jamais se verá.



PROCURAR



Quando procures o mundo em ti,

Encontre a vida a sós.

Vastos da imensidão,

Vazios eternos em nós!

Proclame a boca serena, que  lhe ouve as palavras

Efêmeras, pequenas.

Maiores as flores se tornam serenas.

Se entre as flores não busque as iguais.

Amai-vos aos outros mortais!

Quando procurardes no mundo em mim,

Consola-te  do choro que não cabe em vós.

Proclame as palavras

Supliques por nós!

Quando procurardes ouvir a canção

Que seja tão bela e pura emoção!

Belezas singelas da eterna canção.

Suplique oh Deus, pelo teu perdão

São todos irmãos

Tenhais compaixão!



































AMAR



Amar a brisa que passa tão breve, sem nem esperar

Amar a aurora que não vai chegar

Amar os caminhos por onde passar.

Amar os desejos de nunca restar

Amar por lampejos

Vê a vida passar.

Amar os traquejos se vê no andar

Amar o molejo de quem vai dançar

Amar o imenso vazio do mar

Amar mal amado?

Melhor acordar!













SOLIDÃO ETERNA



E quando olhava para o céu, a via muito distante,

Mas o seu brilho eterno fazia-lhe querer!

Sonhava com o reluzente brilho da amada estrela,

Sentia-se sapo admirando a lua!

Gritava para ela que tão distante estava, cada vez mais,

Olhava-lhe os pequenos gestos e amava cada dia a frente ou atrás.

Estrela, eterna estrela dos sonhos seus;

Reluzente brilhava lá bem distante, solta no ar,

Tocá-la seria impossível.

Venerava cada lampejo de luz que ela pudesse fazer,

Admirava-lhe cada palavra escrita nas nuvens,

Sonhava voar, tocar a estrela com a ponta dos dedos

Precisa por fim na busca incessante,

Chorava olhando pro céu,

Amava uma estrela cruel!





ESTRELAS  VAZIAS



Com os olhos ardendo em tristezas, somava-lhe os dias

Contava a cada minuto aquela escuridão se fazia.

Sentia o sabor dos lábios que esperava seus beijos,

Ardia-lhe o corpo em desejos.

Lampejos tristonhos de infelicidade,

Viver um amor, viver a verdade.

Olhava pela janela a árvore seca que já se foi,

Sonhava ser árvore da vida.

Sentia os calafrios de morte a rondar seus olhos;

O peito embutido em profundo silêncio,

Calava-se na alma o ardente desejo;

Amar o único amor, eterno em teus beijos.

Buscava por horas, uma  única vez que foi amado,

Encontrava-se nas  mulheres que tanto lhe amaram

Mulheres amáveis que um dia passaram.

Mulheres eternas

Jamais ficaram.

Despidas de seda na pura orgia

Mulheres na noite, mulheres sombrias

O choro vadio já o enlaçara,

Mulheres vazias

Que nunca lhe amara!





























A canção

A canção tem um sino de sorte,

Na esquina flutua qualquer morte;

Indigentes, todos nascem sem porte,

E a mente leve solta implode,

O temor e a desilusão.