sexta-feira, 18 de maio de 2012

A cadeira

Hoje senti vontade de escrever algo que lembrei agora a pouco, já havia pensado antes; mas foi nesta fotografia que pude pensar na minha infância,    concluir   meus     pensamentos.

Opto por pouco falar de mim, pois sou eu o que podem ver, logo prefiro guardar minha imagem em  páginas que escrevo, pois palavras condicionam; imagens levam a reflexão.


A cadeira

Certa vez, em chão de terra batida, esquecida de própria vida, brincando estava eu. Nunca fui Julieta, jamais me apeguei as chupetas, sem tirar  o pé do chão, viajava em um balão.

Eu assim um pouco franzina, na época em que fui menina, eu não conheci o sertão. A vida solta largada, sem muro, e sem calçada, tijolos soltos ao chão, em casa assim," a vida foi mais que farinha. "

Eu brincando de criança, no terreiro de minhas andanças; eu só tinha o que agradecer. A saúde não era das boas, muitos morriam atoa mas eu insisti em não padecer. A mesa de nada era farta, mas sempre tive o que comer.

Enquanto brincava de gente, eu era descontente, queria um bicho eu ser. Engraçado era ver a amiga, que um dia chamou-me pra vida; e comigo quis brincar de criança. Naquele dia, ela, a amiga, colocou cadeira no terreiro, como quem visse um mundo verdadeiro a rainha nela apareceu.
Eu não quis a cadeira, ela era a rainha; e eu, continuei a ser  Eu.

Por horas brincamos com nada, somente ali sentada eu via a história viver. Levantei-me fui até o fundo da casa, peguei uma cadeira velha; que estava lá a apodrecer. 

Para sentar naquela cadeira as costas ia doer; mas com um livetro nas mãos assim de besteira, acabei com a tal brincadeira;  de gente grande pequena sorrateira.

Sentada na cadeira velha, olhando o gibi do Tio Patinhas, perguntei à amiga: O doce rainha, o que faz de tua vida se te esperas um Tio patinhas?
Ela enfurecida, louca possessa da vida, veio com toda zueira; disse: larga mão de ser besta Lúcia, eu sou rainha, eu tenho o trono; sua cadeira é velha, se não quiser eu brinco sozinha.

Na   "criancisse   " q´'aquele momento me vinha, eu disse a minha amiga rainha: " ainda há de querer a minha cadeira sua Rainha de Copas; pois você fica mais ainda sozinha; somente eu sei ler e a cadeira velha que sento é minha, lerei só pra mim, espere o Tio Patinhas!

Assim findou-se a brincadeira , e a iludida rainha que esperava a leitura da historia     do           Tio Patinhas.

Hoje planejo uma casa, ela já existe; falta pequenos ajustes, um chão de pedra,  arvores, e a minha velha cadeira, onde descançarei as minhas costas e por atravez de meus oculos lerei meus livros e mais longe estou do Tio Patinhas. Brincadeira de criança, de gente grande quando se brinca sozinha, quero a cadeira da varanda, o chão de pedra e casa que tenho; pois não há rainhas, apenas cadeiras existem!
As cadeiras são reais, o reinado é opção interior e valores duradouros.

Um grande abraço a todos!

14 comentários:

Ingrid disse...

beijos linda...
um ótimo final de semana.

Célia Gil disse...

Maravilhosas recordações! Também adorava e ainda gosto de Tio Patinhas e há, de facto, coisas que ficam como a cadeira de que falas! E é isso que nos mantém ligados a esse passado feliz! Projetos, é sempre fundamental tê-los e lutar por eles e penso até que não têm mesmo fim, atingido um nasce logo outro no seu lugar! Bjs

Edum@nes disse...

Sentada nessa cadeira
Muito linda e bela
Admiro essa sua maneira
Tranquila, muito serena!

Esquecida porque será
Pensamentos da infância
Tudo o que passa mais não voltará
Olhando para você apreciando sua elegância!

Bom fim de semana,
um abraço
Eduardo.

Francísio Nobre de Jesus disse...

Luciene, lendo o seu texto viajei longe demais, quase não deu para voltar. Muito belo. Bom domingo e um abraço. Fiquei muito contrariado em não poder participar da sua oficina. Coisas do trabalho.

chica disse...

Que linda!!! Recordar é legal!Escreves muito bem!beijos,chica

Luciene Rroques disse...

Ingrid, agradeço as palavras; um grande abraço!

Luciene Rroques disse...

É Célia eu não posso reclamar da minha infância, nem do depois dela, pois a vida me deu bons presentes sempre.
Um grande abraço!

Luciene Rroques disse...

Eduardo, agradeço suas belas rimas, uma exelente semana a você.
UUm grande abraço!

Luciene Rroques disse...

Francísio, muito grata.
Sobre a oficina, outras oportunidades virão, tenho certeza disto, e sempre serás muito bem vindo.
Um grande abraço!

Luciene Rroques disse...

Chica, muito obrigada.
Um grande abraço!

Anônimo disse...

Saudade de você Doutora, é sempre bopm saber um pouco mais da linda biografia que sei que tem, pois é um ser humano único. Estava lembrando de você semana passada, conversei com a Livia e ela me deu seu endereço pág. Por isso vim comentar aqui.
Saudades do tempo de trabalho lá contigo,nunca mais te vi. E a frase mais famosa da senhora biologia,a razão em pessoa; não me esqueço, kkkk, até hoje comentamos. AMOR EXISTE/
ATÉ QUE SE PROVE, RESPONDA-SE. Lembra da prof, Cristina, ela quase me prova que existia, mas ainda não encontrei as provas cabais. Porem sou Físico e ainda postularei tal lei de amor existencial. Todo sucesso do mundo a ti Lindalu.
Prof. Mario, o justo! kkk.
Beijoooos.

Luciene Rroques disse...

obrigada por aparecer prof. Mario, sempre falo com a prof. Lívia. É ela também lembra disso direto ela comenta essa frase kkk. Bom provas são necessárias para que seja científico não é mesmo?
Um grande abraço Oh justo das notas, kkk, não esqueci viu!

Anônimo disse...

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