sábado, 29 de março de 2014

O preconceito e a carne

 
 
O preconceito e a carne
 
O preconceito da carne ao longe se espalha. Rompe o mundo e talhe os novos homens. Esculpe as vaidades em montes vazios, repletos de pedras e injustiças frias. Embebedam as mentes que quebram o dom da poesia. Homens se desentendem em abstratas hipocrisias; todos detém a verdade, e que se dane a variedade de seres humanos! O egoismo define os homens que tão iguais sempre serão. E as vaidades de estar com a razão define os homens que são irracionais.
 
Oh; vida nebulosa dos olhos que o preconceito envia! Conceitos de uma vida em plena desvairia. Se destroem por sentimentalizações vazias. O homem cauteloso, não se banha em águas frias; entende a noite; compreende o dia. O homem feito de carne, preconceito sempre tem, e evita fazer o bem. Ofende a quaisquer outros para se sentir alguém! Esquece que viver está bem além. Pois no final sobra ossos. Sobra insultos em sua vida, usa o outro em sua própria espia. Se tornam incoerentes os homens que olham a carne, pois estes nunca percebem os próprios ossos que estão dentro dela. 
 
Falta entendimento da própria via. Parece simples rotular a vida e estar certo todos os dias. Complexo é aceitar o se ver sem distinção. Difícil é aceitar o outro e perceber a sua razão. Seres humanos já nascem egoístas e detentores de verdades vazias. Se petrificam em seu sub consciente para não ver o que está além de sua própria carne. E assim corre o tempo e os homens já não se vale da aparência por traz da carne.
 
Verdades preconceituosas que elevam apenas o próprio ego; assim se conduz o  humano cego. Como dificill é a vida aos homens que enxergam mas não podem ver. Envolvem-se apenas de próprio ego. Compreender razões humanas está além da simples visão; é embrenhar-se na mente e buscar razão onde não há jamais tal possibilidade. É despregar-se da carne e ver os ossos que lhe dão sustentação sem se assustar com eles.
 
O preconceito da carne esculpe homens que se esquecem que suas carnes guardam apenas  as imagens que lhes apetecem. Esquece que a carne um dia apodrece. Deslembra-se que na noite sombria de cada pensamento humano, a carne será o vazio profundo que deixa para traz apenas os ossos na escuridão da ilusória razão que nunca se alcança! Somente um homem despido de preconceitos promove suas mudanças!
 
Um grande abraço a todos!

quinta-feira, 27 de março de 2014

O jusnaturalismo e a pobre mãe

Fonte da imagem: google imagens



O jusnaturalismo e a pobre mãe

Esquece-te da justiça. E lamenta a cobiça daquilo que não tem. Envolve e sonha com o ouro de outrem. E chora a justiça que clama por alguém. Derrete a mascara daqueles que a tem. Ceifado é o homem que julga saber além. Crucifica. Pune. Mata a própria alma achando fazer o bem!

Pobre mãe, Izabela era mãe de primeira viagem. Casou-se com Lauro e passado uns dois anos veio o primeiro filho do casal. Naquela época, as coisas não eram tão fáceis quanto pudessem parecer aos olhos dos outros; que, por vezes cometiam as mais sangrentas injustiças, aquelas que se fazem com palavras na alma do outro,  em suas costas, longe de qualquer possibilidade de  defesa. Com palavras duras contra aqueles que criavam o seu filho com muita dificuldade, certa vez os melhores amigos se esqueceram do jusnaturalismo e  condenaram a imagem maternal de uma pobre mãe. Não percebiam, mas já estavam eles próprios condenados por sua injustiça.
 
A dificuldade alheia é uma teia. Permeia sentimentos muito além. Tolos aqueles que acreditam conhecer alguém.  Não é fácil  ser  vista a dificuldade  por quem não passa pela mesma situação! E ninguém nunca estará no lugar de outrem. Dois seres não ocupam o mesmo espaço. Até mesmo a alma de um ser humano tem seu local de morada durante a vida. Nada é de conhecimento alheio. Aquele que julgue fará sempre feio!

Quando o casal se uniu em matrimônio um ano e oito meses depois foi a vez dos amigos Paula e Damião. Eram todos grandes amigos e a felicidade era geral. As viagens faziam juntos. A missa do domingo era ponto de encontro dos casais. O quarteto de jovens eram agora todos casados, faziam até mesmo festas juntos, iam a balada e estavam sempre em contato de uma forma ou de outra. Uma amizade  verdadeira. O tempo foi passando e Izabela engravidou.

Com muito suor e sacrífico, vivia Izabela; sempre muito trabalhadeira desde quando solteira; e mesmo gestante continuou na lida. Era formada na faculdade de agronomia, mas isso não lhe garantiu um bom emprego; não deu muita sorte na profissão e trabalhava muito para ganhar pouco. Ela e o marido não tinham posses, nem heranças; tudo que possuíam eram seus braços para trabalhar e muita dignidade de gente que luta pra sobreviver . Compraram com muito custo, juntando cada centavo, a casa onde o filho nasceria, cresceria e não precisaria  pagar aluguel.
 
As festas antigas, o casal que  esperava um filho, diminuiu. O dinheiro agora era pra pagar prestações altas da casa,  pagar o parto, o plano de saúde, o enxoval da criança, os gastos domésticos do mês etc... As saídas de casa, o lazer, se restringia a casa de parentes e locais de pouco custo ou quase nada; pois sabiam muito bem o quanto podiam gastar por mês; e não podiam gastar muito.  Tinham que pensar no futuro da criança. Ir a um salão de beleza virou um luxo e Izabela já não frequentava mais o salão,  fazia ela mesma as suas próprias unhas e cabelo. Guardava as economias para comprar remédios, vitaminas e tomar durante a gravidez, pois assim, o filho nasceria saudável. 
 
Paula e Damião não se ocuparam de tais pagamentos, e tais preocupações, viviam um dia após o outro e assim a vida seguia.  Não se importavam com gastos da rotina, nem se preparavam para receber uma criança que estava para chegar. Não sabiam nem mesmo quanto isto custaria para aqueles pais. Suas vidas eram outra realidade.  Pagavam o aluguei de uma casa, na qual moravam. Não viam a necessidade da aquisição da casa própria para a família e para os futuros filhos morar. Pensavam na verdade era na herança que um dia iam receber da avó Margareth;  era uma casa,  e lá naquela casa iriam morar, sem ter que sacrificar para pagar absolutamente nada! As prestações de um carro que compraram logo após o casamento eram o maior compromisso do casal Paula e Damião.

Assim podiam gastar o que sobrava com o que quisessem! Os gastos eram controlados para uma vida relativamente boa; porem, pautada em falsos investimentos como: aluguel e prestações de um carro e passeios. Se esqueciam de algo chamado futuro e realidade. O mundo das aparências os embalavam em sono inconsciente de prosperidade. Viviam as fase das aparências fúteis, das ilusões. Embrenhavam-se na ignorância e não entendiam o que era a responsabilidade de criar uma criança e fazer um futuro familiar.  Paula, trabalhava poucas horas como  recepcionista e fazia o curso superior de Engenharia. Damião parou a faculdade  um ano antes de se formar. Preferiu  curtir a vida e seguir gastando o salário relativo que ganhava.
 
Com o passar do tempo, o quarteto de amigos se viu com uma linda criança entre eles. Pareciam que todos eram os pais daquele bebê. Leonardo era um lindo e fofo menino. Tinha os olhos brilhantes de quem acaba de chegar ao mundo. Precisava de estrutura em sua rotina para enfim, ter uma vida toda pela frente até o ciclo final de todo ser humano. Necessitava de investimentos financeiros e muitos cuidados diurnos e noturnos.

E tinha mesmo, um futuro todo, e não era um futuro qualquer, era um futuro com alicerces no suor de seus pais. Pois,  a mãe Izabela e o pai Lauro, dariam o melhor para Leonardo. Trabalhavam ambos o dia todo, oito horas por dia,  para ter dinheiro suficiente e pagar a casa que já era, e um dia seria o esteio de morada para Leonardo. Trabalhavam de Sol a Sol para pagar o carro que tiveram que comprar assim que a criança nasceu. Andar de motocicleta já não era viável, pois os pais queriam que Leonardo fosse transportado com segurança e se endividaram mais ainda para proteger a vida do filho. Aos pais que zelam, não dão balão com brilho; dão segurança à vida do filho!
 
Mesmo sem poder, venderam o meio de transporte que tinha que tinham e compraram um automóvel, com tal fato mais ainda o orçamento familiar apertou. A vida não era nada fácil para aqueles pais guerreiros. Era muito trabalho e uma vida corrida, com uma dura finalidade: pagar as contas. Os seus corpos já estavam cansados,  e suas mentes exaustas com tantos problemas da rotina de uma nova família.

Se tivessem dinheiro suficiente pagariam a melhor baba para Leonardo, mas como não tinham, contaram com a ajuda do casal de amigos Paula e Damião. Porém ao completar oito meses o bebê teve que ir para a creche; pois Izabela, tinha que trabalhar para ajudar o marido a pagar as contas e não podia ficar com o filho. A amiga Paula, também tinha seus novos afazeres agora como secretária em uma firma, e não ficaria mais por conta da criança. Izabela teve que dar um jeito. Pobre mãe, doí o peito. Sai bem cedo. Não tem jeito. Volta de noite. Dá de mamar no peito.
 
Logo após o nascimento de Leonardo, Paula sentiu uma forte maternidade, se apegou rápido ao menino;  ainda não pensava em filhos próprios; com isso se dispôs a olha-lo até os oito meses de idade. Para ajudar e poder ter reconhecimento da amiga, cobrou mais barato que outras babás. Izabela achou a ideia ótima, pois podia confiar a vida do filho à amiga e não tinha muito dinheiro.  Damião também adorava crianças e deu muita atenção ao menino durante os oito meses em que Paula lhe olhava.   É muito simples amar o sorriso de uma criança.  Difícil é compreender sem arrogância, a dificuldade em criar uma criança.

Era perfeita a parceria se não fosse por um detalhe; Paula e Damião eram seres humanos. E seres humanos são capazes de nutrir sentimentos injustos, maldosos, afiados na maledicência, alimentados por inveja. Seres humanos são capazes de desejar para si egoisticamente até mesmo o amor do filho alheio. Não imparta o quanto é feio, desejar amor do alheio.
De tal modo, Paula e Damião  estavam a um passo de cometerem a maior injustiça do mundo; e a cometeram. A cometiam todos os dias, em todas as ocasiões em que tivessem a oportunidade. Eram injustos a ponto de desmerecer o carinho, os cuidados financeiros, e o afeto do pai e da mãe de uma criança.
 
Certa feita, os pais sem dinheiro para levar a criança ao shopping, e ao pula pula de um circo que havia acabado de chegar na cidade, Paula e marido fizeram as vezes dos pais, levaram a criança. Mesmo que Paula já não olhasse mais o menino, ela permaneceu com vinculo com o garoto o que demonstrava a gratidão da mãe.  De tal modo Paula e Damião sempre saiam com Leonardo para passeios de criança. Se divertiam, sorriam e viviam um momento familiar como se estivessem com próprio filho. Se esqueciam que só estavam parecidos com uma família porque os pais de Leonardo haviam lhes cedido aqueles belos momentos de carinho que se registravam nas fotografias. Compraram algodão doce, balas, compraram brinquedos, fizeram todos os mimos e carinhos possíveis; pois, o dinheiro para tal eles tinham, mas os pais da criança não tinham dinheiro sobrando naquele momento. Aos pais sobraram o maior dos valores gastos com o menino, e a carência de não poder ver o filho crescer como desejavam e tirar as fotos que apenas viam nas mãos dos amigos.

O menino crescia e via naquele casal, os melhores pais do mundo; mesmo não sendo os teus pais. Enquanto o pai e a mãe de Leonardo trabalhavam para pagar a casa onde ele morava, e que por lei seria sua um dia. Damião, o amigo do pai,  dava para a criança, passeios, doces, balas, brinquedos; não tinha grandes obrigações com o garoto. Tirar doce de criança não é facil. Dar-lhe doces lhe conquista o coração. Dar-lhe fantasias é fundamental; porém, dar-lhe um futuro, é o maior dos gestos paternal!

A mãe de Leonardo, trabalhava fora e em casa. Cuidava do marido e do filho, lavava e passava a mão todas as roupas do pequenino, tinha-lhe muito zelo. E como se não bastasse pegava ônibus lotado todos os dias. Ia em pé dentro da condução e voltava do mesmo modo do trabalho. As pernas já estavam doloridas por demais, mas não podia se dar o luxo do descanso no sofá. Lavava as roupas da família, preparava o leite da criança, acordava de madrugada para lhe amamentar e medicar suas dores; preparava todos os dias a sua sacola para ir pra casa da amiga Paula.  Quando chegava a tarde, a mãe pegava o pequeno na casa da amiga, desfazia a sacola, dava-lhe banho, lavava as roupas e os outros objetos e assim a rotina de cuidados maternais seguia dia após dia. E leonardo cresceu!

Enquanto tais afazeres era de Izabela;  para a amiga Paula, sobravam as brincadeiras com a criança, os carinhos, e os ensinamentos primeiros de Leonardo durante o período em que ela lhe olhava. Treinava o menino a andar, a falar. A mãe pobre coitada, fez isso algumas vezes, mas o tempo era curto tinha que ir pro trabalho e cuidar dos afazeres diários. Ou aqueles pais se dedicavam naquele momento ou eles perderiam a casa, perderiam o carro e Leonardo passaria muitas dificuldades sem ter onde morar, sem transporte e com mais restrito dinheiro ainda para suprir as necessidades básicas de uma criança .

Izabela  precisava trabalhar, chegar em casa ensinar a criança a andar, a falar; e ainda tentar descaçar ao menos um pouco, era preciso, mas nem sempre isso era possível; pois os cuidados com o bebê,  com a casa, com o marido e com trabalho fora de casa, lhe tirava  boa parte do tempo que poderia ser usado para pegar na mão da criança e ficar horas e horas, todos os dias,  treinando-o para andar e ensinando-o a falar. No entanto, fazia quando o tempo lhe permitia.

Deste modo, a amiga que tinha tempo de sobra e específico para ficar com a criança, até porque estava sendo paga para tal,  lhe ensinava as primeiras palavras que a mãe cansada e cheia de obrigações  já não tinha o pique de ensinar, ensinar e reensinar até ouvir a voz do garoto.  Muitas das vezes Izabela tentava ensinar a palavra mamãe, mas tinha outros afazeres, e nunca dava para insistir suficiente e ouvir as primeiras palavras de Leonardo. Com isso a amiga viu ali a possibilidade de ouvir tais.  Assim o fez. E o menino passou a chamar Paula de mamãe. Izabela não criticava, nem mesmo com todo o ciume de mãe, agunteu calada aquela situação, preferiu esperar as criança crescer mais para lhe ensinar a forma correta de chamar Paula. Era sempre grata pela ajuda, mesmo pagando não julgava a amiga ser sua empregada, uma baba simplismente; afinal, era à amiga que ela confiava o seu filho. Deixava que o filho chamasse a baba de mãe e o marido desta de pai. Embora por dentro, seu peito chorava, pois perdia a exclusividade de mãe! 

Na sala, sentada no sofá  descaçando, pois não estava trabalhando naqueles meses em que olhou a criança para a amiga. E também  não precisava fazer outra coisa a não ser olhar Leonardo; pois, o restante ficava por conta da mãe quando chegasse do trabalho; Paula ouviu a palavra mamãe. Logo depois de treinar com Leonardo indo da cozinha para a sala, como faziam todos os dias, Paula disse para o menino:
 
- Leonardo fala mamãe, fala meu amor! Fala mamãe!

E Leonardo a olhou e a chamou de mamãe, pela primeira vez saiu sua voz!
 
Paula nunca se dera conta que tirou de Izabela a primeira palavra de amor do seu filho: -Mamãe, pois ele falou na ausência da mãe. E assim de mesmo modo aconteceu com a palavra papai e muitas outras palavras e frases carinhosas. Damião ganhou de Leonardo a palavra papai. As injustiças estavam ocorrendo e ninguém percebia; nem mesmo quem as fazia, nem mesmo que as recebiam! Grandes momentos que eram para ser vividos com a mãe ficaram de presente para Paula.

Era muito comodo amar o filho alheio e desfrutar no lugar  dos pais os melhores momentos; e não ter enfim que trabalhar arduamente, nem mesmo que se preocupar com dinheiro para custear a  rotina de sobrevivência daquele garoto. Não se ocupar dos problemas de uma família criando uma criança pequena, é estar cego ao  lado de diversas dificuldades e nao perceber o tamanho engano que se pode cometer ao julgar injustamente uma mãe!

Era muito fácil cometer tamanha  injustiça da maledicência, denegrindo a imagem contra aqueles que não estavam presentes para se defender. Por vezes o casal de amigos criticavam impiedosamente, e até mesmo já mecanicamente sem perceber,  expondo aos outros palavras que demonstravam as dificuldades  dos pais de Leonardo, e isso causava nos ouvintes má interpretações. Usando-as para desmerecer a maternidade e a paternidade de ambos. Lamentavel o homem animal. Não percebe que ao outro faz grande mal. Uso da palavra na forma descomunal. Ironias da vida faz o esforçado virar reu! Faz aquele que trabalha pra cuidar, virar imagem de cruel. Mas a vida é justa e aos injustos sobra o fel! Izabela via tudo aquilo, e sentia, mas ficava calada quando outros amigos do casal vinham lhe comentar as palavras maldosas de Paula e Damião.  Até porque o casal distorceria a conversa para parecerem inocentes; pois gostavam muito do menino e nao queriam criar intrigas com a mãe.

O estresse e a pressão da rotina de Izabela era grande desde a gestação de Leonardo, e não diminuiu com seu nascimento; mas sim, aumentou junto as responsabilidades. O cansaço do corpo e da mente era muito e rendeu a pobre mãe uma depressão pós parto. Não sabia o que fazer com tantas novas responsabilidades diurnas e noturnas. Mas nem por isso ela abandonou ou tirou a vida de Leonardo. Ela zelou dele como pode, o amou como o que ele realmente é: um pedaço seu e de seu marido apenas. Um fruto de uma união!

Se manteve forte, chorou escondida algumas vezes, mas foi levando a vida. Foi guerreira mesmo, por amor ao filho. Aos poucos superando toda aquela dificuldade que vivia na nova função de mãe sem boas condições financeiras. E a falta de dinheiro deixava o casal com escassos, pobres e cada vez mais raros lazer. Se a criança adoecia os remédios tinham que ser compro e os passeios ficaram para um outro dia. Faziam só o que o dinheiro dava. Não era fácil para o casal. Comprar balões coloridos é simples. É informal. Deixar de comprar balões e conomizar pros remédios é vital. Criança sem zelos é morte, é fatal. Sem balões se vive. Sem remédios é letal!
 
Leonardo já estava mais crescidinho e direto adoecia; pois vivia com outras crianças na creche e isso trazia as mazelas normais dos pequeninos. Era uma fase da vida.   E todos passam por ela. A mãe vendo que o marido conseguiu ganhar um pouquinho mais no novo emprego,   pediu demissão do trabalho e foi cuidar da criança. E com isto os amigos se afastaram um pouco mais do garoto e as revoltas e injustiças lhes ferviam por dentro.

Deste dia em diante, foi se dedicar a ser mãe; até porque Leonardo adoecia muito e Izabela ficava internada com a criança. Cumpria todas as suas difíceis funções de mãe, nunca deixou de cumprir nenhuma delas! E Paula, vez ou outra ajudava; mas não era sua obrigação todas as vezes e também não se internava com o garoto, isso é coisa de mãe!  O dia a dia, os cuidados, a lida com criança doente era da mãe sofrida e reprimida por sua condição social desfavorável. Já os bons momentos do crescimento daquela criança perteceram ao casal de amigos Paula e Damião. E agora a mãe aproveitava uma pequenina parte de vê-lo crescer. Ele crescia dia após dia e sorria amavelmente para a mãe, até elogios já lhe fazia!

Se no mundo tem justiça. Injustiçã não é invão. Quem faz pra buscar justiça a injustiça; suja as próprias mãos! O calor de um afeto não se faz de ilusão. A verdade seja dita, não existe humana gratidão. Cuidar é zelo completo. Não limita-se a dar balão! É preciso fazer de tudo sem nenhuma excessão.
 
Num certo dia de festa, na casa do senhor Souza um grande conhecido de Damião e Lauro, eis que chegam Paula e Damião. E ali naquele clima de festa começou o mais injusto de todos os julgamentos que Paula e Damião poderiam praticar. Ou seja,  denegrir a imagem de uma mãe, acusa-la e conde-la sem direito a defesa!

Cometeram uma injustiça da qual nunca se darão conta do tamanho dela até se perceberem no jusnaturalismo dentro do que fizeram; e calar as suas arrogâncias, pedir clemência e tolerância.  Izabela  e Lauro não foram a festa. Porque Izabela estava limpado a casa e lavando as roupas de Leonardo, enquanto Lauro lavava o carro e olhava o menino. Mas o casal de amigos pode ir a festa, pois não tinham nenhuma obrigação a cumprir; mas levaram em suas línguas o veredito da própria condenação.
 
O debate finalmente começou, e a injustiça foi feita. O casal que se dizia  amigos e auxiliares daqueles pais; julgou sem direito a defesa  e como resultado condenou a imagem daquela pobre mãe!

Diziam:
 
_ Senhor Souza a Izabela e o Lauro não se importam com o Leonardo ele foi rejeitado ao nascer. Eles não levam o menino para fazer bons passeios, nós é quem levamos ele nos melhores lugares. Deixam o menino correr perrigo perto de uma fogueira de São Jõao; nós dois e que temos que olhar o menino o tempo todo.  E tem mais, eles reclamam dos gastos que tem para custear uma ele, reclamam por qualquer dinheiro pouco. Eles não são bons pais! Eu nunca reclamarei quando eu tiver um filho e darei tudo ao meu filho. Tudo mesmo, não farei como eles fazem!
 
O Senhor Souza ouvia aquela injusta conversa e calado  só pensava:
 _ é muito fácil dar balas, brinquedos, passeios a uma criança ao invez de pagar as prestações da casa da mesma. Para que os pais vai olhar a criança se vocês não desgrudam dela; até mesmo eu aproveitaria o momento para descançar minhas pernas, pois andar atraz de uma criança o tempo todo não é fácil.  Fácil é não ter que lhe comprar as fraudas, as roupas e a alimentação. E não ter as pernas doloridas por ficar horas todos os dias andando atras da criança, zelando dela.  É muito simples passear por dias, horas com uma criança saudável e não ter a obrigação de se internar com ela em um  hospital, nem de olha-la durante toda a madrugada queimando de febre! É muito fácil viver bons momentos ao lado de uma criança de vez em quando!

Enquanto o senhor Souza pensava, o debate mais voltado ao monólogo; pois o raivoso e injusto senhor Damião continuava falando exaltadamente perdendo a pouca razão sem razão:
 
_ O senhor acredita que aquela mãe nem dá banho direito naquele menino coitadinho! Ela nao ensina as coisas direito ao menino. Ela não limpa a casa direito e menino adoece sempre. É culpa da estrutura daquela casa que é mal cuidada. Ela não quis ensinar o menino as primeiras coisas da vida, fomos nós quem ensinamos! Junto conosco ele é outra criança. Nós somos bons para ele, nós fazemos a coisa certa!
 
O senhor Souza mais uma vez ouvindo, em silêncio, falando o mínimo;  imaginava: _ Como era fácil falar mal daquela que deu para aquele casal, os primeiros carinhos do próprio filho, por pura falta de opção financeira! Como erá simples para aquelas pessoas que não dava banho todos os dias na criança, nem limpavam aquela casa,  falar de sua mãe! Quando a criança entender tanta injustiça como será que ela irá ver os amigos Paula e Damião?  Não pagavam uma casa e carro para dar conforto e futuro para aquele menino.  Como é fácil condenar ao inferno uma mãe que tenta sobreviver em mundo real e não nas fantasias de ser mãe e pai! Como é fácil julgar sem as profundezas do ser humano entender.

Que tristeza e tamanha pobreza é a injustiça humana! Um homem injusto é capaz de ter inveja e cobiça por tudo que não é seu.  Estavam ali mal dizendo dos pais que lhes davam apenas os bons momentos de seu próprio filho. Quanta injustiça saia da boca daquele casal contra os pais de Leonardo. Até mesmo Leonardo se indignaria se entendesse as injustiças  dos amigos  que reduziam a imagem do seu pai e de sua mãe ao expor suas dificuldades na criação da criança.
 
A conversa percorreu calorosa e com um ódio profundo do casal que durante todo o tempo tentou provar para o senhor Souza a sua tese de que: o amor da criança pelo casal; amor o qual a mãe e o pai lhes cedeu, era resultado de  desleixo, desinteresse, sovinagem e desamor materno e paterno. Quanta injustiça saiam daquelas bocas  cheias de ódio e sem nenhuma razão para tal. Bocas que se julgavam certas demais e esqueciam-se de suas próprias falhas!  Anos mais tarde aquele casal iria entender que julgaram sem a menor justiça os pais errados e condenaram sem o menor escrúpulo uma pobre mãe! E o futuro fez justiça.
 
Esquece-te da justiça. E não pares pra pensar no que é realmente teu. Sofre de cobiça por não buscar o dever que o mundo lhe deu. Inveja o que não tens, assim não teras o proprio teu! Maldizes toda tua fura e sofrerás pela justiça que vem ao encontro seu. E  sente, mas por orgulho não percebe que é doente. Doente de maldade humana! De injustiça. Se deprime na mente e vira fera sem razão! A vida é justa com todo tipo de gente; é bom prestar sempre atenção, justiça faz-se por todas as formas sem distinção.
 
 
 
Um grande abraço a todos!
 
 
 
 
 

sábado, 22 de março de 2014

Asas Humanas

 
O homem que domina a si mesmo é livre do dominio de qualquer homem; pois a liberdade consiste na escolha interna em todas as situações. Homens que escolhem ser livres podem viver dentro de um casulo que mesmo assim, estarão libertos de todos os  fatores que lhes prenderiam;  e sempre, são livres até mesmo para voar além de sua liberdade interior, além de suas asas!
 
As borboletas são seres magnificos quanto a metamorfose, se transformam para ter uma única forma em suas vidas breves e terem asas; ou seja, se tornam borboletas livres. Já os homens são especializados na constância estática do Ser, pouco se transformam por dentro em seus anos de casulo; o que faz das mentes humanas placas petrificadas por conhecimentos restritos e falhos. A liberdade de um homem começa e termina apenas dentro de si mesmo. É perder tempo buscar asas onde não existem! A liberdade por si somente é todo o tipo de asa humana dentro do Ser.

Um ótimo final de semana a todos vocês.
Obrigada por todos os contatos de todas as formas.
Um grande abraço!

quarta-feira, 19 de março de 2014

Os Contos Secretos ( O humano é a terça parte da natureza; e a vida é a mais bela entre todas as charadas)


 
 
 
O meu Leviatã
 
Longe, bem longe da inveja dos homens criei o meu Leviatã. Por horas e horas sentia a alma ferver; nascia livre como um pássaro e voraz como tua própria natureza. Se libertaria no mundo e destruiria tudo que opusesse ao teu caminho. Nem mesmo em tempos modernos encontrariam algo tão feroz em um homem aparantemente inofensivo. Amo o que dentro de mim posso dominar; funde-se na existência a um ser pequeno e monstruosamente gigantesco.
 
Pobre dos homens que fazem dos homens seus algozes para os homens; e se esquecem dos teus monstros. Assim criei meu Leviatã! Durante a madrugada lá estavam todos aqueles que desejavam aprender a domar o outro. E ninguém imaginava, que eu, já não mais precisava disto! Eu apenas observava da torre. As mulheres que não entendiam buscavam respostas tolas na vida sexual em uma moral falida, vestidas e despida de amores voláteis  lá estavam todas elas fingindo felicidades e fidelidades. Os homens afoitos não percebiam onde pisavam. Andavam a procura do que jamais irião entender. 
 
Por isso Vencilho, lhe escrevo está carta! Não pise em território de meu Leviatã, não queira acorda-lo. Não queira entender o que eu não falei. Pois somente eu, estive dentro da torre e pude ler os teus códigos. E nela pude ver o exato caminho que leva os homens ao seus próprios infernos. Enquanto na torre, observei os maiores dentre os menores homens; aqueles que se julgam maiores por demais, e assim fazem muitos menores, deixaram-me a maior das lições. O que jamais  ser. Coloquei para dormir o meu Leviatã.
 
Há homens tolos que para serem grandes precisam de homens pequenos, pois só assim parecerão maiores. Homens que desconhecem os códigos de acesso à torre. Vencilho, sinto-me honrada em ver o quanto a desordem dos homens promovem a fome pela aparição e a inveja das perolas que são apenas perolas e nada trarão. São escombros humanos aqueles que necessitam vorazmente destruir o alheio para igualar-se a teu espelho. Tolos! São seres humanos que fazem humanos e não há espelhos além do espelho.
 
Uma bondade que nunca conheci; um homem bom! Em silêncio Vencilho, escutei o marmore do teu tumulo se mover. Você esteve preso nele por não ter um leviatã. Enquanto as jovens donzelas procuravam respostas para os seus amores sonhados; eu amava o próprio amor! E quando as humildes senhoras passavam pela torre, eu as admirava profundamente; pois, estas souberam absorver a vida e não precisa diminuir nenhuma outra mulher para parecerem grandes demais, estas não viram a vida passar, elas viveram. 
 
E quando as mulheres perdidas apareciam, eu lhes tinha pena, sentia profunda dor por suas ironias mal feitas, ironias de vidas erróneas e arrependidas. Pobres mulheres, são tão desgraçadas quanto amaldiçoadas por si mesmas. Sofrem de inveja profunda! As pessoas arrependidas precisam explicar que não são arrependidas; já as outras não! Tanto já viveram e ainda não entenderam os códigos do mundo aquelas mulheres que tentam ser o que não são; e ainda querem que outras sejam o que já foram! Defendem o que não pensam e amam suas próprias desgraças. 
 
Crianças admiradas sentam-se próximo da janela e ali se apaixonam por um brilho que vem lá de dentro. Não olhe nesta direção ela é apenas para as crianças! Homens crescidos passavam, olhavam e entendiam exatamente o que se via. Estes homens, silenciosos permaneciam em suas brilhantes armaduras; pois sabiam o perigo que eles corriam se acordassem o meu leviatã. Eram homens inteligentes a ponto de não puxar a Mandrágora. Mas, mesmo assim, me amavam, me amam e me amarão em seus sonhos. A ponto de odiar-me por amar-me por demais!
 
Amavam o que queriam, amavam platonicamente; e em silêncio todos eles permaneciam de seus castelos a me observar, não diziam uma palavra. Belos e armados contra o que em mim adormecia. Era o meu leviatã que este respeito trazia. Amava-me os homens que queriam. Enquanto em mim dormia, silencioso, calmo e pacifico o monstro do qual me construí.
 
Somente um amor platônico sobrevive ao meu leviatã. O homem que pense do contrario, cai em desgraça e desespero profundo, torna-se mal falado por estar ao meu lado; pois todos já sabem que ele jamais irá domar o meu monstro. Os grandes homens da corte, nunca fizeram corte, pois sabiam que não deviam. E só estes homens vez ou outra se aproximam da torre. Um grande homem sabe onde mora um leviatã. Mesmo que muito amor tivessem, desistiam por puro amor, pois nenhum mortal está a altura de um leviatã.
 
Ainda haviam aqueles que se arriscavam e sem nenhuma cautela caiam da torre, estes eram os homens que não entendiam nada. Outros desvanecidos de ódio, viravam-se contra o que não podia dominar; iravam-se contra mim; num sentimento de ódio profundo por serem rejeitados. Jamais homem algum me dominara e jamais dominará! Queriam ter-me a qualquer modo os tolos homens, e estes, despertavam apenas o espreguiçar de meu leviatã, e quando isto ocorria, e quando isto ocorre é eminente,  todos são jogados da torre imediatamente.
 
Com seus corpos ao chão, com o peito em chamas e uma insatisfação medonha, queria-me a imagem de suas prostitutas fabricadas; e frustravam-se por não me fabricar. Eu não era e jamais serei fabricável. Quantos tolos pensaram assim; e da torre os lancei nos teus próprios infernos enfadonhos, tristes e despresíveis. Como não tinham o meu amor, me odiaram por me amar demasiadamente!
Eram, e são igênuos a ponto de não perceberem que amavam que amam e que amarão o meu leviatã. Revoltosos tentaram tirar-me o nome; apavorados tentavam parecer para os outros que estavam  ao meu lado para que assim acreditassem que eu os amava. Tolos, assim, mais ainda se afastavam de mim e sentiam mais amor por meu leviatã. Se perderam em mim enquanto se buscavam.
 
Vencilho caro amigo, escrevo-te esta carta, para que entregues a Mendrey III, pois apenas ele, e somente ele, com teu olhar brilhante, teu sorriso meigo, suas palavras que me fazem rir, somente ele consegue não cegar-se ao ver meu rosto, e assim se aproximar do meu verdadeiro eu.
 
Por séculos somente ele pode passar pela torre e sentar-se ao lado de minha alma, enquanto me descanço. E ali, sentado ao meu lado, ele pode acariciar o meu rosto sem o menor receio, pois ele desconhece o homem frágil que habita em mim; quando me olha ele vê os olhos do meu monstro;  pois o primeiro homem que lhe mostrei foi o que ele acaricia o rosto na alma, só ele conhece a figura por traz de meu rosto, onde habita o meu leviatã. 
 
Vencilho não inveje Mendrey III, ele não é homem de sorte, ele sofre, ele chora; ele queria estar em meus braços; mas ele habita aquele hotel onde o encontrei dentro de mim desde nossa eternidade; não queira jamais estar no lugar de Mendrey III,  pois Mendrey é a parte eterna do meu Leviatã. E ele não olha nos olhos de uma mulher, mas sim nos olhos que são os olhos do teu eterno desejo!
Ps: em tuas mãos, dentro deste mesmo envelope está  a carta para Mendrey III; Vencilho, entregue-na por favor!

 
Parabéns você descubriu um conto que te conto.
 
Para quem leu o meu conto O homem ideal, aqui está uma das cartas que se fala no conto; lembrando que se entrelaça a mitologia grega. Logo Avalon, e Mendrey III são os mesmos personagens em todos os contos que você já leu. Para quem leu o meu livro de romance; Dormindo com uma aranha, Marcus é a versão moderna de Avalon, e Irdalena é  a versão moderna de Anastacia. E Mendrey III é o personagem na idade Media. E por fim Shiron-Shedase é Mendrey e Anastacia em sua versão una. O conto acima é uma das cartas de Anastacia ao amigo Vencilio que morreu assassinado na idade Medieval.
 
Um grande abraço a todos!


segunda-feira, 17 de março de 2014

domingo, 16 de março de 2014

Escutar normalmente é para todos, já ouvir é individual.


 
O homem ouvi o que escuta?
 
Homens inteligentes não falam sem conhecimento de causa; e muito menos escutam o que não lhes servem; homens capacitados vêem sem enxergar. Os sentidos humanos vão além da mera capacidade que se aprende na escola.
 
A ciência já demostrou mais sentidos do que se possa imaginar, porém são estudos da ciência e não os trataremos neste texto. No entanto, já abordado em livros científicos é mostrados ao mundo os principiais sentindos são de conhecimento público, e a grande maioria das pessoas os encaram como se fossem os únicos sentidos da maquina humana. Tato, Olfato, Paladar, Visão e Audição. Alguns mais audaciosos falam do sexto sentido, mas  raros são estes. Tais sentidos  humanos são básicos e não únicos, mas, isso já é outra história!
 
Neste texto a enfase é aplicada no sentido da audição;  este é um sentido importante, mas se aliado ao comportamento, percebe-se que poucos ouvem o que escutam. A palavra ouvir segundo o dicionário Aurélio de língua portuguesa quer dizer: ouvir = perceber, entender; já a palavra escutar é o mesmo que: escutar = tornar-se ou estar atento para ouvir. A sutileza entre uma palavra e outra faz por inúmeras das vezes os homens acreditarem que ouviu, enquanto que, na verdade, apenas escutou.
 
Os sentidos do corpo humano são perfeitos quando se sabe a diferença sutil entre: o que poderia ser, ou, o que deva ser; ou ainda, o que realmente seja! Entender algo ( entre ouvir e escutar)  não é simples é bem complexo mesmo que simples pareça; pois depende dos sentidos e comportamentos empregados na forma adequada para cada item.
 
Ouvir é uma arte lapidada, escutar é um sentido o qual normalmente já se nasce com ele. A criança de um mês de idade escuta a mãe falar porta; no entanto, ela só irá ouvir a palavra porta quando puder perceber e entender o que siguinifica a palavra  porta. Esta sutileza na diferença entre algo que se completa, é tão pequena que levam a um comportamento  em massa no que diz respeito a apenas  escutar e nunca ouve-se o que é dito.
 
Dentro das relações humanas o homem está fadado a entender e perceber o que realmente acontece somente quando for treinado para localizar detalhes e interpreta-los de forma singular dentro de seu próprio comportamento. Do contrário, até mesmo frases simples em um dialogo qualquer, pode ser interpretada de forma errónea. Ouvir é ato que se associa ao comportamento do individuo; dai surgiu a frase: "Ele ou ela só escuta o que quer" . Na verdade, escutar todos escutam; mas ouvir, faz parte do caráter comportamental de cada um. O homem treinado a ouvir pode escutar mil palavras ruins que estas não lhe servirão como apoio para absolutamente nada.
 
Já aquele que treina seus ouvidos a escutar e ouvir, saberá distinguir perfeitamente aquilo que se escuta do que se ouve. Para ilustrar a discussão, um exemplo: A esposa fala para o marido: _ Traga pães e leite! Ele escuta, vai a padaria e traz pães. O leite ele não traz, pois ele não toma leite. Escutar ele escutou, mas ouvir no sentido comportamental, ele não ouviu absolutamente nada sobre a palavra leite.
 
É preciso escutar sempre, ouvir pouco, e falar menos ainda; pois, quanto menos se fala, mais silêncio se tem para que se possa ouvir a voz que está dentro de si mesmo. Pessoas que apenas escutam se tornam mecânicas, as outras que apenas ouvem se tornam revoltadas; aquelas que muito falam se tornam inconvenientes. Já os seres humanos que regram seus ouvidos, treinam a sua maquina humana a falar menos bobagens, e assim, ser  mais útil a um maior número de pessoas possíveis. Pessoas que ouvem podem auxialiar as pessoas que apenas escutam, mas para ouvir é preciso nada dizer.
 
Um grande abraço a todos!

terça-feira, 11 de março de 2014

Contrato

 
 
Contrato
 
E na escuridão faz o clarão dos dias; percebe, é fato!
Contrato.
E na clareza da escuridão, a noite é dia no ato,
Contrato.
Em silêncio não há ilusão do fato;
Contrato.
O abismo  é inato;
Contrato.
O tempo é inerte; se veste no fato;
Contrato.
O ponto se liga em todo ato,
Contrato.
O  existir é inato; é  holocausto, é fato;
Assinado,
 Contrato.

Luciene Rroques
Poesia.
Cidade de Lavras.
Minas Gerais, ano de 2005.
 
Um grande abraço a todos!
 

sexta-feira, 7 de março de 2014

Mulheres - humanidade - significância

 
A significância feminina

Mulheres, seres  menos importantes, pois os maiores nomes da história Pertencem aos homens. Quem gerou estes homens e os deu os primeiros ensinamentos e cuidados na vida? Será que as mulheres tinham como lutar contra a vontade dos homens em cravar os seus próprios nomes na história. Não, elas nao tinham como gravar seus valiosos nomes na história e a humanidade perdeu em termos históricos e intelectuais, grandes mulheres não cravaram o seu nome na história. E ainda hoje isto acontece. Eu mesma tive que "ser homens" (gênero masculino)  em meus diversos pseudônimos, em pleno século XXI,  por mais de dez anos usei nome de homens para assinar meus textos; ou era deste modo ou eu na maioria das vezes nem era publicada; ou ainda tinha pior: eu tinha os meus textos roubados e plagiados por homens (gênero) e assinados. Ainda hoje acontece, mas vez ou outra o plagio.com vem parar na minha página pessoal, nos meus textos. Imagine na história da mulher durante a evolução social humana. Sempre questiono, este texto será que era mesmo deste grande pensador ou foi sua mãe, sua mulher que escreveu, afinal pode ter sido!

Mulheres  são seres incapazes de fazer trabalho pesado, são submissas e dominadas pela força bruta do homem, (muitas são agredidas fisicamente) pois tal capacidade biológica de força muscular foi dada ao homem (gênero) . E se fosse o contrário? Alguém já pensou nisso? Cada ser vivo nasce com sua capacidade muscular e é capaz de dominar outro de menor capacidade de força; logo não é ser forte dominar uma mulher,  é ser oportunista e desentendido de física e biologia!
 
Mulheres, seres insignificantes não vão para a guerra que somente os homens (gênero) fazem! Parece razoavel guardar a fábrica de soldados, ou então não terá mais guerra! É lógico.
 
Mulheres pobres "financeiramente" pois os homens (gênero) fazem o mercado e sua lógica. Qual é a lógica do mercado seria a guerra? Mulheres com dinheiro não precisariam dos homens? Qual é a lógica do empobrecimento feminino? É a mesma lógica da escravidão sofrida pelos seres humanos negros. Foi negado a mulher o direito de ser o que ela é, um ser humano.
 
Mulheres, são insignificantes para muitos homens, são objetos de uso biológico, "prazer" ou ainda doméstico e procriação, ( gênero, sexo masculino). Porém, para cada homem com tal mentalidade, fala-se  aqui do sexo masculino e não do gênero, para cada homem com tal pensamento: mulher objeto; existe uma mulher que fabricou a vida deste homem que infelizmente cresceu e ficou cego.

Mulher,  um Ser tão historicamente desvalorizado a ponto de ser queimado, (mais de 100 mulheres no dia 08-03- 1857, em uma fábrica têxtil, foram queimadas vivas, por um único homem (gênero masculino), o seu patrão! Do que esse homem g(ênero) patrão tinha medo? de mulheres com mais dinheiro no bolso e dignidade, mulheres não fazem a guerra, fazem patrões piromaníacos ou não.

Tão insiguinificante são as mulheres que a ciência comprova:  apenas elas, as mulheres, são capazes de fabricar, construir e moldar por 9 meses em seus ventres todos tipos de homens citados neste texto. Sem as mulheres nenhuma das atrocidades e insultos anteriores descritos, seriam possíveis; pois a mulher é culpada pela geração de toda a vida, ela, a mulher faz a vida brotar e se manifestar em outro ser humano, sem ela, esta construção da humanidade estaria falida, não existiria mais nenhum exemplar da espécie Homo-sapiens sapiens!
 
Quanta insignificância feminina ainda é, e já fora, e será ainda; dada as únicas  construtoras da humanidade: As Mulheres!
 
Parabéns `a todas as mulheres que produziram ou produzirão os melhores ou ainda os piores tipos de homens (espécie)  da face da terra!
 
Parabéns aos homens ( aqui falo do gênero masculino) que sabem  o que são as mulheres, vocês são a evolução do gênero dentro da nossa espécie Homo-sapiens sapiens!
Feliz dia das mulheres a todas vocês em todos os cantos do mundo!
 

Um grande abraço a todos!


Parmênides de Eleia. A "Ciência do amor - 3.

 
 
Titulo do diálogo com  Parmênides de Eleia.
 
Parmênides de Eleia . 
E escavas tu, de dentro do homem o próprio homem em sentimentos profundos.
 Grandezas de pensamentos que moldaram o mundo da realidade. 
Descortina a verdade na vaidade dos segundos permeados de abstrações irreais.
Deleita-se do doce em que exala a compreensão ao moribundo.
Reclama-te da alma; pois nada surge do nada, neste mundo.
_Bom dia amor! 
 
 
_Bom dia minha amada Sofia!
 
_Parmênides o homem que foge ao Adeus, adoça a boca com poemas meus. Descortina-me tuas verdades no amor que é seu.
 
_Sofia, amada infinita de minhas vaidades. Quero-te em toda eternidade a desejar-lhe o poema meu.
 
_ E sei Parmênides, ao olhar nos olhos teus, o amor tu compreendes que é assim um adeus? Posto que tudo se movimenta aos olhos que são seus. A mente do homem mente; e sente, o quanto quente lhe tem o coração, e este só bombeia o sangue, sendo esta a tua função! Parmênides a ciência explica a razão.
 
_Sofia, minha amada do mundo da razão, destrói sem piedade o resto de um coração. Confio na ilusão sem ilusão. E que tudo nasce mas não do coração.
 
_Brilhante conclusão, Parmênides amor meu, desfaça o juízo do amor teu, pois nada surge do nada como tu um dia afirmou, hoje lendo teus versos sinta o que restou, e veja que há verdadeiras explicações para o amor.
 
_ Leia minha Sofia, faz parte do poema teu, confias as tuas ideias, aos braços de qualquer ateu?

 
...
..."II
 
Pois bem, agora vou eu falar, e tu, prestes atenção ouvindo a [palavra
acerca das únicas vias de questionamento que são a pensar:
uma, para o que é e, como tal, não é para não ser,
é o caminho de Persuasão — pois segue pela Verdade —,
outra, para o que não é e, como tal, é preciso não ser,
esta via afirmo-te que é uma trilha inteiramente insondável;
pois nem ao menos se conheceria o não ente, pois não é
realizável , nem tampouco se o diria:
 
III
 
...pois o mesmo é a pensar e também ser.
 
IV
 
Vê como o ausente é, no entanto, presente firmemente em pensamento;
pois este não apartará o próprio ente do manter-se ente
nem se dispersando de toda forma todo pelo
mundo, nem se concentrando."...
...
 
_ Vejo tuas palavras Parmênides, as quais, confiam ao amor meu.
Aqueça as tuas ideias, não se guie por Protheus.
Pois é louvável que o homem entenda os próprios caminhos teus!
É afável que o amor, seja sempre à Morfeu;
mas, apenas à aqueles, que não compreendem os caminhos seus.
 
                              _ Fique um pouco mais minha adorada Sofia.
             
_Parmênides, meu amor, filosofarei sempre sobre a vida e a ciência! 
E, eis que um dia:
 o amor tornar-se-á dentro da consciência humana, mais que confusões passageiras e aparências! 
Foi adorável amar-te em um infinito de meus segundos, posto que em tuas palavras a natureza se movimenta no mundo. Nada de nada há de surgir, volto a repetir que:
amo, todo o conhecimento do mundo.
Adeus! 
 



Continua...
 
 
 
Parmênides de Eleia: um dos grandes nomes da filosofia da natureza, ou filosofia pré-socrática. Viveu no tempo aproximado (530 a.C. - 480 a. C.) na cidade de Eleia.
 
Textos meus,  coleções particulares, as quais nunca publiquei nem impresso nem digital:

Amor, Ciência e Filosofia.
Luciene Rroques.

Um grande abraço a todos vocês!

terça-feira, 4 de março de 2014

Prêmio Excelência Cultural da ABD-70 Anos.

 
Como comendadora da ABD, tenho a honra de parabenizar e divulgar esta entidade cultural, por sua história, pois apenas a seriedade faz com que a cultura caminhe, e juntamente com ela a história de uma nação se desenvolve!
 
Um país não é feito apenas de "Homens e Livros", um país se faz da leitura dos homens sobre os homens.  E a arte em geral, assim como a literatura de país, faz  a leitura de seu povo,  ou seja, a sua historia cultural. Parabéns ABD, por seus 70 anos de história cultural nacional e internacional.
Quero ainda agradecer  este prêmio, homenagem que recebo da ABD - Excelência Cultural 2013. ABD - 70 anos. 
Obrigada a todos por tudo!
 
Um grande abraço!