No olhar, no tato, no olfato, no paladar; nas palavras que são lidas, lá estão eles em qualquer lugar. "Eles são os sentimentos" controversos e sempre atentos, a espia de se posicionar, sente-se o sentimento e a vida acontece em qualquer lugar em que a "razão" do sentir está.
Há de sentir o sentimento todo bicho que vivo ainda está; não há sentimento de arvoré? A ciência ainda há de explicar, pois em tudo sentimento há. Porém gente é bicho e como bicho tem seu próprio meio de a vida olhar. Em cada situação vivida, se vive egoisticamente o ser e o ter. De cada situação observada tenta-se ser justo a quem merecer. Porém sem sentimentos humanos ninguem jamais há de morrer. O olhar atento na vida, não perde ao ver a vida passar, sentada em qualquer praça!
O mundo é feito de vida, e a vida para muitos é sem graça. A vida é feita no mundo; e assim incomoda quem não se encaixa. A ligação do obvio com o magnífico e ainda com o estranho é algo rudimentar, e bem real; mesmo sendo não visto pela maioria. É tão simples certos sentimentos que de tão simples parecem loucuras.
E é neste sentido que se torna fantástico observar o quanto o obvio pode ser estranho para muitos. Tudo depende de onde está a forma de olhar. Se em um ambiente a vida cobra a liberdade em outro a mesma vida cobra a sabedoria e a própria dignidade. E assim se torna estranho, os atos barbaros de animais racionais sem nenhuma razão de ser razão: o homem.
O homem é gladiador de si mesmo, é fera de sua propria alma, é fogo de sua própria água de beber.
Uma mulher entra em seu carro atravessa a rua de ponta a ponta; procura alguém. Vê de longe um pedestre que se aproxima; calmo, sereno, roupa suja de homem trabalhador, pegou no pesado o dia inteiro; o homem parece boa gente. Atenta a movimentação do tal homem a motorista acelera o carro. Em velocidade suficiente para que o homem não escape de sua mira; em um golpe certeiro ela o mata!
Passa o carro sobre o seu corpo esmagando-o violentamente. Não satisfeita ela encaixa a marcha ré do veículo e mais uma vez passa por cima do corpo. Sente um alivio ao ver que nada mais ali se move, está morto! Porém ainda enfurecida engata a primeira marcha acelera o carro e pela terceira vez deixa o corpo esmagado, estirado ao chão da rua.
O juiz dá a sentença; a senhora está condenada por matar por três vezes o mesmo homem. A mulher respira aliviada, com um sorriso sereno no rosto; rejuvenescida de justiça interior; perdida da imagem do pequeno corpo jogado na mata anos atrás; agora guarda em memoria recente e diária o prazer de rever o cadaver do homem que ela matara por três vezes! Morto, morto, morto. Finalmente morto o estuprador e assassino confesso de sua única filha de apenas dois anos e sete meses; que se viva fosse ainda, já faria trinta e três anos de vida naquele dia.
( "Não julgais para não ser julgado" é um conceito bíblico. O respeito a vida parte do ponto particular que existe em cada um, uma espécie de Deus interior, este dá ao indivíduo o valor real da vida para a eternidade da humanidade.)
Um grande abraço a todos!
