Proj./Amb.

Nesta página disponibilizo um modelo do IBAMA; referente a estruturação de um projeto de meio ambiente.
Tem-se as partes:

___________________________________________________________________________
(Projeto de Monitoramento do desmatamento dos Biomas Brasileiros por Satélite)

PMDBBS

APRESENTAÇÂO


Ante o sucesso do monitoramento da Amazônia por dados de satélites e conhecendo a relevância dos demais biomas brasileiros, que representam, aproximadamente, metade do território nacional, a Secretaria de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente - SBF/MMA vem promovendo o seu monitoramento (PMDBBS) com apoio financeiro do Projeto PNUD/BRA/08/011, assinado entre a Agência Brasileira de Cooperação - ABC e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD e o MMA, por meio de acordo de cooperação técnica com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - Ibama, representado por sua Diretoria de Proteção Ambiental - Dipro. Tal acordo visa à elaboração e execução do Sistema de Monitoramento por Satélite do Desmatamento nos Biomas Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal, com intuito de quantificar desmatamentos de áreas com vegetação nativa e de embasar ações de fiscalização e combate a desmatamentos ilegais naqueles biomas, cabendo ao Centro de Sensoriamento Remoto do Ibama - CSR a detecção dos desmatamentos.

__________________________________________________________________________
OBJETIVOS

O PMDBBS tem como objetivo dotar o governo federal de capacidade para o monitoramento da cobertura florestal dos biomas supracitados.
O monitoramento do desmatamento permite maior eficiência das políticas públicas voltadas à conservação e uso sustentável destes biomas e de fiscalização e controle da aplicação da legislação ambiental pertinente.
Os resultados fortalecerão a proteção dos biomas brasileiros, além da Amazônia, aprimorando a ação do estado no monitoramento da cobertura vegetal, com vistas a quantificar mudanças e permitir que os resultados sejam utilizados para ações de controle do desmatamento, incluindo ações de fiscalização. Ao atingir esse objetivo o MMA e o Ibama, com apoio do PNUD, pretende obter dados oficiais sobre o desmatamento dos biomas extraamazônicos, que servirão de base para elaboração de políticas públicas visando a redução do desmatamento.

___________________________________________________________________________
METODOLOGIA

Para o desenvolvimento do monitoramento atual (identificação de mudanças na cobertura vegetal nativa referente aos períodos até 2002 e entre 2002 e 2008) foram utilizadas imagens dos satélites Landsat e CBERS, disponiveis gratuitamente pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE.
O mapa dos remanescentes da cobertura vegetal Brasileira do PROBIO/MMA foi considerado como "mapa de tempo zero" para início do monitoramento. Tal mapa refere-se ao periodo até 2002. As imagens de satélite utilizadas na sua geração (PROBIO) foram empregadas como informação pretérita para identificação das mudanças na cobertura vegetal.
Desse modo, as áreas identificadas no mapa do PROBIO como "antrópicas" foram mascaradas (polígonos em preto nas figuras que seguem) e não foram consideradas na análise realizada pelos técnicos de interpretação. Estes buscaram a identificação de possíveis desmatamentos no interior das áreas com vegetação nativa.

O procedimento de identificação dos polígonos de áreas desflorestadas teve como escala base de trabalho a escala 1:50.000 e área mínima de detecção do desmatamento de 2 ha, estando os respectivos resultados separados/disponibilizados conforme articulação 1:250.000 das folhas cartográficas do IBGE em sistema de referência geográfica (datum SAD69).
As análises foram executadas por meio do "software" ESRI ArcGIS a partir da detecção visual e digitalização manual das feições de desmatamento encontradas nas áreas dos polígonos de remanescentes supracitados. Tais desmatamentos foram classificados como áreas antropizadas, sem tipologias.
Quanto à definição de áreas antropizadas, não foram consideradas as cicatrizes características de ocorrências de queimadas, bem como as áreas modificadas ou em processo regenerativo. Desta forma, os comportamentos espectrais utilizados como parâmetros para definição de áreas efetivamente antropizadas levaram em consideração, principalmente, as necessidades de monitoramento e controle do desmatamento ilegal por parte do Ibama.
A cada alvo de desflorestamento identificado e digitalizado, foram atribuídas informações relevantes de interesse do MMA e Ibama. Ademais, tendo em vista a disponibilização de tais alvos/polígonos ao público em geral, foram produzidos conjunto de dados contendo os seguintes atributos para tanto: período do desmatamento ("até 2002" ou "2002-2008"); fonte do dado (PROBIO/MMA ou CSR-Ibama/MMA); área em hectares; o Bioma; o município; a UF e a carta 1:250.000 em que se encontra.
Finalmente, de modo a se resgatar os dados omitidos pelo Probio, em virtude da escala final 1:250.000 determinada para aquele Projeto, ficou sob responsabilidade do CSR/Ibama identificar, também, os desmatamentos ocorridos em 2002 dentro da referida área útil de trabalho supramencionada, todavia, caso o desmatamento fosse encontrado, exclusivamente, na imagem de 2008. Assim sendo, as áreas que estavam desmatadas em 2002 e que se encontravam com cobertura vegetal secundária em 2008 não foram delineadas pelos técnicos de interpretação.
___________________________________________________________________________
ATIVIDADES PREVISTAS

1.1. Mapeamento dos remanescentes dos biomas Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal, Pampa e Caatinga, no interior da área definida como remanescente nos levantamentos do PROBIO
1.1.1.Georeferenciamento de Imagens de Satélite e organização do Catálogo;
1.1.2.Interpretação de Imagens de Satélite (Cerrado, Caatinga, Pantanal e Pampa); 1.1.3.Interpretação de Imagens de Satélite (Mata Atlântica);
1.1.4.Validação da interpretação e organização dos polígonos detectados no banco de dados.
1.2. Banco de Dados Geográficos Estruturado
1.2.1.Customização de software e desenvolvimento de componentes específicos no ambiente SIG;
1.2.2.Criação de sistemas automatizados para geração de mapas, relatórios e dados estatísticos;
1.2.3.Desenvolvimento, conforme metodologia RUP, das fases de concepção e elaboração de aplicativos a serem implementados pelos desenvolvedores de programas e componentes.
___________________________________________________________________________
RESULTADOS ESPERADOS

1. Organização dos dados dos remanescentes em uma base de dados estruturada e passível de analises (consultas) dentro do próprio banco, bem como, exportação destes para outros bancos de dados;
2. Mapeamento dos remanescentes dos biomas Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal, Pampa e Caatinga, no interior da área definida como remanescente nos levantamentos do PROBIO, considerando 2007 como ano base, na escala de 1:50.000;
3. Importação dos dados do PROBIO Remanescente para o banco de dados, assim como as imagens utilizadas na geração dos polígonos remanescentes;
4. Produção de estatísticas nacionais, por biomas, por estados e por municípios;
5. Disponibilização de relatórios dinâmicos pela web com estatísticas geradas por demanda do usuário;
6. Disponibilização dos mapas interativos via interface do SISCOM/Google (integra os sistemas do IBAMA e dos estados da Amazônia);
7. Disponibilização de webservices sob demanda para atender as necessidades do portal SINIMA do MMA;
8. Disponibilização das imagens georeferenciadas por meio de catálogo de imagens e;
9. Geração de Documentos Indicativos de Desmatamento por bioma, por lote. Os documentos serão disponibilizados para a fiscalização de acordo com cronograma previamente estabelecido.
___________________________________________________________________________
(As estruturas de trabalho que hoje conhecemos; um dia poderão se desatualizar, na ciência a dinâmica das atividades sempre estão evoluindo. É necessario se atualizar sempre.)
Um abraço a todos!