A mesa, o prato e o próprio reflexo

 

 

A mesa, o prato e o próprio reflexo

Havia em uma mesa um prato branco.

Para quem olhava de longe, via um ponto verde no meio do prato.

Aos que se aproximavam da mesa, percebiam que não era apenas um ponto verde.

Logo, aqueles que desconheciam aquela estrutura verde, eram capazes de imaginar mil coisas partindo apenas de seus próprios espelhos, pois  tinham somente  estes espelhos  como base para o conhecimento.

Divagavam em seus conceitos prévios sem o menor medo de errar, pois pensavam apenas em si mesmos; e si conheciam bem!

A ignorância é capaz de assumir dentro do individuo, qualquer visão baseada em experiências próprias; e isto, leva o ser humano a ver somente: pseudos verdades alheias,  verdades suas, apenas  tuas, em tão simplorea e cega visão!

O desconhecimento da sabedoria dentro da análise de qualquer estrutura, gera o pre-conceito e transforma o homem em tolo de si mesmo! Em cego diante do alheio! Transforma-o em dono de todas as verdades, porém, apenas tuas verdades!

Não é possível conhecer uma estrutura se baseando em conceitos pessoais que levam ao pré-conceito.
Felizes das pessoas rasas de si mesmas! Estas, estão desprovidas de muitos espelhos pessoais, e com isto se livram de prévios,  pre-conceitos, em relação ao que se vê.

Estas pessoas rasamente profundas de si mesmas, quando se aproximam demasiado de qualquer mesa, chegam procurando verdades absolutas e não as suas próprias verdades.

E somente estes seres humanos conseguem enxergar que:

Em cima da mesa havia um prato,

e no centro do prato:

havia uma ervilha!

Um grande abraço a todos!