"Pra não dizer que eu nunca falei de minhas flores"

 

Por longos anos tentei  convencer  a mim mesma;

E percebi que o caminho era árduo demais.

Neguei socorro aos meus próprios pensamentos;

Fui cruel, realista, adentrei a humanidade que em mim aparecia!

Perdi o medo da morte; desgostei-me da sorte, odiei a perfeição.

Exausta naveguei na busca da solução dos infindáveis conflitos que eu via todos os dias!

A vida pediu-me silêncio! Um longo e eterno balsamo de minha alma.

Caminhei sozinha por muitos anos, apenas ouvindo os silenciosos gritos da multidão.

Adotei a solidão como parte do meu existir, eu a venero; como a venero!

Mas com ela veio a reflexão e  esta logo  se apossou de mim!

Como eu me neguei socorro; me entreguei as maiores amigas da sabedoria;

 Vivi o tempo em cada segundo, mergulhei em meu desconhecido mundo, me encontrei.

Degustei solidão e a reflexão; passei a existir para mim,

Sem saber o que isso significaria: existir além de mim. 

E agora o que fazer, se sei que nunca mais eu poderei partir; pois eu existo, e Ser: é algo eterno!

As escolhas são reflexos  eternizados na alma.

 E se hoje eu fosse escolher;

Eu faria tudo exatamente igual.

Ser o que quer ser,  apenas Ser.

 

 

O humano é a terça parte da natureza; e a vida, é a mais bela dentre todas as charadas.

 

Um grande abraço a todos!