domingo, 11 de setembro de 2011

O ser, Humano, não camufla.


Como é interessante a coerência humana animal. Quando pensei nesta forma de análise humana pela primeira vez, imaginei-me um bicho. Era eu um pássaro, tinha leveza e dois olhos laterais para proteger-me dos grandes predadores. Quando pensei na hipótese desta forma de ver humanos; me via um pássaro!




Os ideais de cada pessoa se baseia na liberdade, e não falo de voo ao ar livre, não falo na liberdade em se expressar; falo da liberdade de se aceitar como verdadeiro humano. Como é vital para alguns humanos a liberdade de se expressar! Precisam dizer o que sentem; não recrimino, isto é muito bom, ser livre na expressão faz bem a alma. Pássaros se despem assim de suas vidas. Se expressam até mesmo no voo que jamais fizeram. Para cada humano a seu semelhante na fauna mundial.





Como fui ingénua em me colocar como um pássaro. Meu lado egoísta, "humana perfeita", vivida em minha ignorância no assunto, queria que eu me sentisse alguém bondoso, incapaz de ferir, incapaz de ser "ruim", eu não sabia, que eu era um predador, nem mesmo entendia o que era um predador! Por isto fui pássaro enquanto desconheci a mim mesma; há anos! Ingenuamente me classifiquei um pássaro.





Depois de algum tempo, analisando comportamentos humanos, a cada descoberta me via um bicho diferente. Entendo a cadeia da qual faço parte, e nesta sou eu como qualquer outro mortal; cheguei a mais difícil de minhas conclusões. Descobri que sou realmente humana! Não foi fácil aceitar, são poucos os que se aceitam; olhar suas entranhas, fazer sua auto-autopsia, sentir seus próprios odores, doí para muitos humanos.





Mas conhecer o que sou, facilitou e muito o meu aprimorar na forma de ver o próximo. Sou realmente um bicho! Não tem volta! Faço parte da fauna. Não sou membro da flora, não sou flores; apenas as planto sempre que posso. Não sou um pássaro em voo livre, isto não sou! Pois não acredito na liberdade, muito menos na democracia dentro do sistema humanista.





Eu sou um predador, desacredito no silêncio, mas sou silenciosa, espreito a vida, mesmo se quiser eu ceifá-la, meus passos são precisos, não pulo para falhar, meu urro assombra outros animais. Não ataco por mero prazer. Não busco a vítima, mas o alimento. Mesmo sem acreditar no democrático sistema, me reconheço dentro do mesmo. Estudar o Humano Sistema, foi fatal; descobri que sou onça!

Um grande abraço a todos!




5 comentários:

Bento Sales disse...

Luciene, realmente temos muitos animais dentro da gente, cabendo a cada um a manifestação conforme a situação: às vezes, somos burro de carga; outras vezes, bode expiatório, pássaros e etc..

Parabéns pelo sábio ensaio!

Obrigado pelo carinho de sempre!

Abraços!

ValeriaC disse...

Muito bonito, profundo todo este seu descobrir-se, revelar-se... penso que somos um pouco de tudo e um pouco do nada... somos ao mesmo tempo, individuais e coletivos interligados...
Boa semana amiga...beijinhos...
Valéria

Célia Gil disse...

Simplesmente interessante e bela a sua reflexão! Bjs

Adriano disse...

Olá Luciene!
Com palavras escrevestes uma reflexão!
Terminando de ler este texto,
também me coloco não como uma flôr, ou um belo pássaro, mais um animal mesmo,
é a única conclusão!
palavras que no fundo toca coração!
até!!!

Luciene Rroques disse...

Prof. Bento; eu quem lhe agradeçe a atenção de sempre! Prof. quando tentarem fazer de ti quaisquer um destes bichos, lembre-se, não somos o que os outros querem que sejamos, mas aquilo que em nós mesmos buscamos. Sou eu quem agradece sempre o seu jeito humano em essência aqui neste espaço.
Um grande abraço!

Valeria concordo com você. Somos um pouco de tudo com certeza, e na certeza de que pautados pela igualdade mesmo desiguais somos a soma do nada.
Uma ótima semana
Um grande abraço!

Prof. Celia, grata por tuas palavras.
Um grande abraço!

Adriano obrigada pelas palavras. Não é facil refletir sobre os bichos que somos, mas garanto que; quem o faz sem medo, realmente é humano, pois aquele que se conhece pode entender e esclacer o assunto não só para si, mas a todos os convivas.
Um grande abraço!