quarta-feira, 18 de maio de 2011

Grandezas espelhadas




Quando o mundo desfez-se da dor, perdido na inconsciência do mais puro amor. No tempo que ecoa dentro da alma, daquele que chora e implora por teu lugar ao mundo. Sofrimentos de um moribundo. As vaidades feridas de quem se esbarra na vida, e chora, e sofre, e grita no silêncio de sua existência, tentando ser ouvido a qualquer preço, na demência que o sofrimento lhe causou. A vida desvairada totalmente ao avesso. Despreza quem na lida encontra o seu começo. E deixa de existir em tudo aquilo que nunca se existiu. Ao passo que apenas desejava ser flor, ser rosa, ter amor.... Nada mais resta, só dor, sem flor, na cor de todos os mortais; quando sendo rosas, sejam em tuas diferenças iguais. Deixamos de ser notáveis aos olhos de um cego, mas jamais sejamos cegos; ao nos encontrar, diante do espelho.




4 comentários:

Unknown disse...

Gostei muito deste espaço, estou lhe seguindo, espero que goste do meu.
da uma passadinha lá quando tive rum tempinho. desde já agradeço. bjs bjs

Bento Sales disse...

Luciene, maravilhoso seu poema prosaico.

A vida é feita assim, de flores e espinhos, amor e dor, prazer e saudade, mas isso também é poesia.

Abraços e parabéns pelo talento!

Antonio José Rodrigues disse...

Lembrei-me, Luciene, do "Retrato de Dorian Gray", de Oscar Wilde. Vale a pena ser lido. Beijos

Anônimo disse...

Oi Lu,
Cada texto teu que leio, fico como uma criança sob um pé de jabuticabas maduras, tocando as mais doces, colocando-as na boca e ouvindo: ploft! Elas estourarem adoçando minha vida.
Você me toca profundamente com o que escreves.
Bj